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Pai de bebê morto no Rio culpa motorista: "Não era para ter carteira"

Motorista em alta velocidade invadiu o calçadão de Copacabana e atropelou várias pessoas, entre elas a mãe do bebê de apenas oito meses. Na delegacia, ele relatou ter sofrido um ataque epilético

Correio Braziliense
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postado em 19/01/2018 08:06
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Darlan Rocha, de 27 anos, pai do bebê que morreu após um carro invadir, em alta velocidade, o calçadão de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro e atropelar várias pessoas, mostrou revolta e tristeza pela morte da filha e disse que o estado de saúde da mãe do bebê é grave. Ele culpou o motorista Antonio Almeida Anaquim e pediu justiça. "Como uma pessoa que sofre de epilepsia tem carteira de motorista? Não era para ter carteira de motorista e nem estar na rua. Matou minha filha, como vou ficar agora?", lamentou.


No acidente, ocorrido na noite dessa quinta-feira (18/1), outras 16 pessoas ficaram feridas. Do total, nove com ferimentos mais graves foram levadas para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul da Cidade, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Três receberam alta na madrugada desta sexta-feira (19/1) e seis permaneciam internadas. Uma das vítimas em estado grave é um turista australiano, segundo a pasta. O homem, de 68 anos, e que não teve a identidade informada, sofreu traumatismo craniano e respira com ajuda de aparelhos. Outros sete feridos foram socorridos ao Hospital Souza Aguiar, incluindo a mãe do bebê que morreu.

[SAIBAMAIS]Antonio Almeida Anaquim dirigia pela Avenida Atlântica e, por volta das 20h30 de ontem, atropelou as pessoas que caminhavam pelo calçadão, próximo à Rua Figueiredo de Magalhães. Segundo o Departamento de Trânsito (Detran), Antonio de Almeida Anaquim estava com a habilitação suspensa desde maio de 2014. O motorista, de acordo com o Detran, não cumpriu a exigência de devolução da habilitação. Por ter cometido crime de trânsito e dirigido com a carteira suspensa, Anaquim terá sua documentação cassada.

De acordo com jornais locais, o motorista foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e submetido a exame de alcoolemia. Remédios para epilepsia foram encontrados no carro em que ele estava. Uma mulher, que estava com ele no momento do acidente, fugiu do local do acidente e só se apresentou depois à polícia. Em depoimento, ela confirmou que Antonio Almeida havia sofrido um ataque.
Com informações da Agência Brasil

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