Cidades

Musical "A bela e a fera" não agradou ao público

postado em 07/09/2009 08:30
O musical A bela e a fera, que esteve em cartaz este fim de semana no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, gerou insatisfação entre o público, que se queixou da qualidade e da organização do espetáculo. Quem comprou ingresso para a sessão de sábado, às 20h, a segunda do dia, disse que precisou esperar 40 minutos para o início do espetáculo e encontrou a sala suja, com pipocas no chão. O som e a projeção de vídeos também apresentaram falhas. Os espectadores pagaram entre R$ 50 e R$ 240.Georgia Sales e Jorgeane Lustosa viram o musical com as sobrinhas: confusão antes de a peça começar

;Achei uma porcaria. A hora de entrar foi uma desorganização. Havia gente saindo da outra sessão ao mesmo tempo em que íamos para a sala. Demoramos 40 minutos para conseguir chegar lá dentro. Quando nos sentamos, minha cadeira estava quebrada e os nossos lugares eram em frente à mesa de som, o que atrapalhava a visão;, reclamou a analista de sistemas Adriana Ishihara. Ela levou ao musical a mãe, de 75 anos, as duas filhas, de 12, e as sobrinhas, de 17, 14, 11 e 9 anos.

Segundo o produtor local de A bela e a fera, Marcelo Piano, os problemas na entrada do público aconteceram por causa da estrutura do espaço. ;Não é culpa nossa, é do teatro, que só tem uma entrada e uma saída. Estava ocorrendo uma feira para 5 mil pessoas e o local não aguenta dois grandes eventos. Mesmo assim, devolvemos o dinheiro de cinco espectadores que nos procuraram insatisfeitos;, justificou. Segundo ele, os problemas com som também se devem à acústica do teatro, mas não haveria em Brasília outro espaço onde o espetáculo pudesse ser realizado. Os microfones também sofreram interferência de celulares, por isso, a produção decidiu pedir que o público desligasse os telefones. Ele ainda garantiu que, entre uma sessão e outra, 30 homens entraram na sala para fazer a limpeza do local.

Marcelo Piano prometeu mudanças para as exibições de ontem. ;A entrada de alimentos ficou proibida, por exemplo;, informou. Para solucionar o problema da entrada, a saída seria feita pelos fundos da sala. O produtor assegurou ainda ter pedido a retirada dos ambulantes para aumentar o fluxo de circulação na porta do evento. Além disso, negociou com a produção do outro evento que os horários de fim das palestras mudassem para não coincidirem com os dos intervalos entre as sessões.

As modificações, no entanto, não representaram o fim dos problemas. As secretárias executivas Jorgeane Lustosa, 25 anos, e Georgia Sales Brasil, 33, levaram as sobrinhas Geovanna Adala, 7, e Katlen Suzane, 9, para a primeira sessão do espetaculo A bela e a fera do domingo. E a principal reclamação das tias foi justamente a proibição de entrar no local com comida e bebida. ;São três horas de apresentação. É muito tempo para as crianças ficarem sem comer. Na hora do intervalo, as filas do caixa do lanche estavam gigantescas;, reclamou Jorgeane. Ela ainda lembrou: por conta do impedimento, houve gritaria antes da peça começar. ;Teve pai pedindo o dinheiro do ingresso de volta.;

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