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Transferência para o DF

Polícia quer interrogar trio acusado de assassinar cunhado do principal suspeito da morte dos Villela. Os três estão detidos no interior da Bahia

postado em 23/11/2009 23:34
Corregedoria da Polícia, que agora comanda as investigaçõesEm no máximo 10 dias o delegado-chefe da 38; DP (Vicente Pires), Geraldo Carneiro, espera autorização da Justiça para trazer para Brasília os três homens presos na cadeia pública de Santa Maria da Vitória (BA). Aqui, o delegado pretende interrogar novamente Tales Rogério Mendes da Silva, 26 anos; Élvio Pereira de Oliveira, 20; e o primo Neuslan Pereira de Oliveira, 22. Eles são acusados de matar uma pessoa em 20 de setembro deste ano, mas a polícia quer descobrir se há algum envolvimento do trio nas mortes do advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, da mulher dele, Maria Carvalho Mendes Villela, e da empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva.

;O vínculo pode existir teoricamente, mas até agora não temos nada fechado;, afirmou ontem o diretor-geral da Polícia Civil, Cléber Monteiro, que esteve pela manhã na 38; DP, mas disse que estava fazendo apenas ;uma visita;. De acordo com o delegado Geraldo Carneiro, os três confessaram ter matado Wanderson Ramos Gregório, 22 anos. A vítima era cunhado de Cláudio José de Azevedo Brandão, 38, preso na semana passada, por força de prisão temporária, como o principal suspeito do crime ocorrido em 28 de agosto no bloco C da 113 Sul. A desconfiança da polícia é que, ao dividir os dólares e joias roubados do imóvel dos Villela, o grupo tenha brigado.

Carneiro não quis comentar sobre uma suposta participação dos três presos na Bahia no triplo homicídio, mas disse que não está convencido das motivações alegadas por eles para matar Wanderson. Para o delegado, o alvo era Cláudio. ;Eles falaram que mataram o Wanderson por uma discussão boba e alegaram legítima defesa. Disseram que atiraram nele porque a vítima tentou disparar primeiro contra eles, mas, para mim, essa história é típica de orientação de algum advogado;, acredita. Ontem, o delegado ouviu três testemunhas que teriam presenciado o crime em Vicente Pires. Segundo ele, esses depoimentos não bateram com a versão apresentada pelos suspeitos.

Ao contrário da movimentação em Vicente Pires, o dia foi tranquilo na 1; DP (Asa Sul). A delegada-chefe, Martha Vargas, chegou por volta das 17h45 e não falou com a imprensa. O crime da 113 Sul agora é investigado por uma força-tarefa que reúne delegados da Corregedoria da Polícia Civil, da Delegacia de Repressão a Roubos (DRR) e da Coordenação de Crimes Contra Vida (Corvida). Para o diretor da Polícia Civil, o sigilo é fundamental para a solução do caso. ;Um crime desse precisa de várias cabeças pensando. Eles têm que trabalhar em sintonia, mas é fundamental trabalhar mais e falar menos;, disse Cléber Monteiro.

Habeas corpus
Nivaldo Pereira da Silva, advogado de Cláudio Brandão, ingressou ontem na Justiça com pedido de habeas corpus contra a prorrogação da prisão temporária de seu cliente. Para ele, a prisão venceu no último dia 17 e poderia ser prorrogada em apenas mais cinco dias, e não 10, como ocorreu. A resposta deve sair hoje. Caso a Justiça conceda decisão favorável ao acusado, o advogado irá entrar com pedido de revogação da preventiva determinada pelo juiz do Fórum de Taguatinga em razão do roubo de uma moto, em junho deste ano. ;Meu cliente é inocente. Até agora, a delegada não conseguiu provar o envolvimento dele com o crime da 113 Sul;, disse.

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