Cidades

CRM de Goiás abre investigação sobre morte após cirurgia plástica

postado em 05/04/2010 21:01

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (CRM-GO) abriu investigação para apurar o caso de Kelma Macedo Ferreira Gomes, 33. Assessora do ministro das Cidades, Márcio Fortes, ela morreu no último dia 2 no Hospital São Francisco, em Ceilândia, sete dias após passar por uma lipoescultura no Hospital Goiânia Leste. O CRM quer saber se a morte está relacionada com o procedimento estético ao qual se submeteu no último dia 26, na capital goiana.

[SAIBAMAIS]Em entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira (5/4), o presidente do conselho, Salomão Rodrigues, disse que solicitou o laudo cadavérico ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), assim como informações ao Hospital Goiânia Leste e ao profissional responsável pela cirurgia.

O médico, que terá a identidade preservada até o fim das investigações, deverá fornecer por escrito o detalhamento da operação, em um prazo de 10 dias. Segundo o CRM de Goiás, o profissional tem 12 anos experiência em cirurgia plástica. Ele atende em Goiânia e Brasília.


Preços
Salomão relativizou a migração de mulheres do DF para Goiás em busca de cirurgias plásticas mais baratas. Segundo ele, esse fluxo de pacientes também existe no caminho inverso. "As plásticas tem o mesmo nível nas duas localidades. Os preços também são semelhantes. O que torna o valor diferente é o renome do cirurgião e a estrutura do hospital ou clínica", explicou.

O presidente do CRM-GO disse ainda que Hospital Goiânia Leste é de pequeno porte, mas de boa qualidade. A unidade de saúde, no entanto, não possui UTI.

o promotor de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-Vida) do MPDFT, Diaulas Ribeiro, assim como Kelma, muitas mulheres se consultam no Distrito Federal e vão para Goiás realizar a cirurgia devido ao custo menor. Algumas intervenções oferecidas nos hospitais goianos saem até pela metade do preço se comparadas com Brasília. Kelma pagou R$ 9 mil para fazer plástica nos braços, nas pernas, nas costas, na barriga, além de implantar silicone. A operação no DF custaria no mínimo R$ 11 mil.

Diaulas chamará os envolvidos para depor nas próximas semanas. Para ele, a morte de Kelma está relacionada ao procedimento cirúrgico. Os diretores dos hospitais pelos quais ela passou nas duas últimas semanas ainda não se pronunciaram.

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