Cidades

Negociações não avançam e servidores da Novacap continuam em greve

postado em 23/11/2010 11:22
Os servidores da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) permanecem de braços cruzados nesta terça-feira (23/11). A greve foi iniciada na segunda (22/11) e não tem data para terminar. De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados de Administração Funcional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedade de Economia do Distrito Federal (Sindser-DF), Evandro Machado, apenas 350, dos dois mil funcionários do órgão, estão trabalhando, já que a adesão à paralisação foi de 95%, principalmente daqueles que realizam trabalhos práticos. "Além disso, há mais ou menos 200 cargos comissionados, que também não estam em greve, mas a maioria é da parte administrativa", explica.

A reivindicação consiste em um reajuste de 17,5% na folha de pagamento da Novacap e a proposta do Governo do Distrito Federal (GDF) garantiu apenas 17%. O vice-presidente diz que após a categoria não ter negado o acordo, não houve mais negociações. "O governo se retirou da mesa de negociações. Estamos lutanto por 0,5%. Nós só voltaremos às atividades com o atendimento de nossas reivindicações". Segundo ele, essa diferença seria de R$ 50 mil por mês na folha.

"Estamos discutindo sobre os serviços emergenciais, se serão realizados ou não. Por enquanto, estamos totalmente parados", completa Machado. Para o vice-presidente, a paralisação causará grande impacto para a população candanga. "A manutenção de bueiros deve ser feita diariamente, principalmente por conta das chuvas. Sem a desobstrução acaba alagando e os carros não conseguem passar, como acaba acontecendo nas tesourinhas dos eixinhos". Além disso, segundo ele, a companhia utiliza cerca de 80 toneladas por dia de massa asfaltica para operações tapa buraco, que também não serão feitas durante a greve.

A reportagem do correiobraziliense.com.br tentou entrar em contato com o coordenador de assuntos sindicais do GDF, Ilair Antônio Tumelero, mas ainda não obteve retorno.

Negociações
Entre as reivindicações iniciais da categoria, estavam a garantia da homologação e implantação imediata do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), mudança do regime de trabalho para estatutário, reajuste salarial, axílios creche, alimentação e transporte. O GDF acatou todos os pedidos, mas propôs aumento de 0,5% menor. A categoria já havia suspendido os serviços desde o início do mês, em 3 de novembro, com a chamada "greve branca", para tentar negociar. No entanto, não houve acordo.

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