Cidades

Transporte público para a população do DF segue caótico

Helena Mader
postado em 10/04/2011 08:00
Davi Ferreira:
Além da implantação do VLT, a expansão do Metrô faz parte dos planos do governo para tentar melhorar o sistema de transporte público da cidade. ;Criaremos mais de 6km de linhas. Tudo isso faz parte de um projeto de investimentos de R$ 2,4 bilhões em transporte e mobilidade urbana nos próximos quatro anos;, promete Agnelo.

Até agora, nenhuma das medidas teve efeitos práticos. O recepcionista Davi Batista Ferreira, 28 anos, mora em Santa Maria e trabalha no Setor Hoteleiro Sul. Diariamente, ele precisa pegar a linha 270, que segue lotada da Rodoviária até a casa do rapaz. ;A passagem é cara, os ônibus atrasam e, para piorar, só circulam cheios. Depois de um dia de trabalho, preciso passar mais de uma hora em pé e espremido. Isso é um desrespeito completo com a população;, reclama Davi.

Na área de urbanização e de obras, o governo recuperou a pavimentação de vias, reformou praças e cortou gramados abandonados. Em Vicente Pires, onde as ruas estavam tomadas por buracos, as condições de tráfego estão bem melhores para os motoristas. Mas os moradores cobram medidas mais efetivas. ;Não adianta só cobrir buraco porque o trabalho vai embora na primeira chuva. Sem fazer o sistema de drenagem, todo o trabalho será em vão;, diz a comerciante Maria Lúcia Jesus Alves, 48 anos. Ela tem um bar na Rua 8 de Vicente Pires, que está coberta de lama. ;Eles fazem o asfalto, mas ele não dura nada;, reclama.

Regularização
A população da cidade também está apreensiva por conta de outro problema: a regularização fundiária. ;Moro aqui há 10 anos e sonho com isso. Acho que a cidade vai melhorar muito com a regularização. Quero ter a documentação do meu terreno;, cobra a dona de casa Geralda Vieira Lins, 63 anos.

Já a população do Sol Nascente, em Ceilândia, tem motivos para comemorar. A primeira etapa do setor foi regularizada no mês passado. A população agora torce pelo início das obras de infraestrutura. ;Esperamos muito por isso. Precisamos da escritura, mas necessitamos mais ainda do asfalto e de construções, como postos de saúde;, comenta a dona de casa Nicilene Antônio Dias, 34 anos, que mora com a irmã Regina, 21.(HM)

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