Cidades

Menino de 9 anos morre eletrocutado em escola no Paranoá

postado em 08/09/2011 21:06
Movimentação em frente à escolaUm menino de 9 anos morreu eletrocutado por volta das 17h desta quinta-feira (8/9), no interior da Escola Classe 4, no Paranoá. O acidente ocorreu na volta do intervalo das aulas, quando as crianças já tinham retornado às salas.

Segundo informações dadas pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF), Marcos Vinícius dos Santos fugiu da professora e pulou o alambrado (com 2,5m de altura) que separa a horta e uma sala destinada ao Serviço de Orientação Escolar (SOE).

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas não conseguiu evitar a morte. Segundo a assessoria do serviço, a criança teve uma parada cardiorrespiratória e ficou pendurada na grade enquanto aguardava socorro. ;Um funcionário da escola viu o aluno, tentou tirá-la de lá e se feriu também;, explicou o diretor da regional de ensino do Paranoá, Ricardo Pacheco.

Uma perícia determinará por que Marcos morreu eletrocutado, pois as escolas do DF não podem ter cercas elétricas. No começo do ano, o local ; que tem 800 alunos ; passou por uma minirreforma, resultado do programa Escola Arrumada, do Governo do Distrito Federal. À época, foram feitos reparos nas instalações elétricas e hidráulicas, bem como na pintura. Desde então, a instituição de ensino não pediu mais nenhum conserto à SEDF, segundo Pacheco.

Suspeita-se que um fio desencapado tenha tocado a cerca, tornando-a eletrificada. Há duas semanas, um menino de 12 anos também se machucou no local. ;Eu estava jogando futebol e, depois de um lance, a bola caiu no parquinho. Quando pus a mão na cerca, fiquei com o braço reto, tremendo, sem conseguir tirá-lo de lá. Não tinha visto o fio solto;, contou Diego dos Santos Oliveira. ;Depois, caí e machuquei as costas, mas não contei a ninguém;, narrou ele.

Procurada pela reportagem, a Companhia Energética de Brasília afirmou não ter responsabilidade pelo caso, mas que registra todos os acidentes que envolvam energia elétrica no Distrito Federal.

Marcos morava no Itapuã, tinha dois irmãos e era o caçula da família. ;Estava sempre para lá e para lá, era cheio de sonhos;, recorda a tia Eliane Pereira Martins, dona de casa, 38 anos.

;Ele era muito ativo e o que me dava mais trabalho;, conta o motorista Valdenir Dionisio, 38 anos, que levava o menino à escola diariamente. ;Quando eu o transportava, tinha de pedir umas três ou quatro vezes para que ele afivelasse o cinto. Sempre tinha de parar o carro para que eu mesmo fizesse isso.;

Muito revoltado, o padrasto do garoto não quis dar entrevista.

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