Cidades

Empresários cobram e Agnelo promete investir quase R$ 3 bilhões

Flávia Maia
postado em 18/11/2011 07:39
A crise política preocupa o setor produtivo do Distrito Federal. Representantes da indústria, do comércio e da agricultura se reuniram ontem, na Federação das Indústrias do DF (Fibra), com o governador Agnelo Queiroz. Os empresários temem que a onda de denúncias contamine a economia local e provoque a paralisação de obras, a quebra de contratos com o setor privado, além de dificultar as negociações com outros estados. Hoje, o Governo do DF é responsável por 25% da riqueza gerada na capital federal.

Agnelo, em longo discurso, prometeu investir R$ 2 bilhões em mobilidade urbana, como a ampliação do metrô; R$ 750 milhões na reforma do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek; e contratar 40 engenheiros e arquitetos para apressar a liberação de alvarás.

Ele lembrou que negocia com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) empréstimo de R$ 800 milhões para aplicar na Companhia Energética de Brasília (CEB). Embora ainda não haja data para o dinheiro chegar à empresa, o governador afirmou que o acordo tem o apoio da presidente Dilma Rousseff.

Cautela
;O que a gente percebe é que há um submundo do crime que quer desestabilizar o governo. Existem interesses em criar um ambiente difícil para o DF e dificultar os investimentos aqui;, declarou o governador.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do DF, Renato Simplício Lopes, manifestou total apoio ao governador. ;Acredito na sinceridade dele (Agnelo) e que Deus o ajude nessa empreitada.; Os dirigentes da Fibra, Antônio Rocha, e da Associação Comercial do DF, Danielle Bastos Moreira, foram mais cautelosos. Ambos entendem que as denúncias geram incertezas no ambiente econômico.

Embora a crise ainda não tenha afetado os diferentes segmentos da economia local, os empresários, o presidente da Fibra afirmou que é cobrado com frequência sobre a liberação de obras. ;Todos os dias escuto: ;Toninho, que dia o governador vai liberar as obras?;;. No ramo da construção civil são esperadas até o fim deste ano licitações no valor de R$ 80 milhões voltadas às obras viárias, como 300km de ciclovias.

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