Cidades

Juiza mantém decisão de fim da greve da Polícia Civil e ordena intimação

postado em 24/11/2011 19:41

O governador Agnelo Queiroz anunciou, durante entrevista na tarde desta quinta (24), que cortará o pagamento dos dias não trabalhados pelos Policiais Civis do DF. "É o corte de ponto que tem que ser feito rigorosamente. Não posso admitir que uma categoria que tem salário inicial de 7 mil e que a grande maioria ganha de R$ 15 a 20 mil possa ter uma intransigência brutal dessa", disse Agnelo.

Sobre a divulgação feita por Agnelo, o vice-presidente do Sinpol, Luciano Marinho, disse que a suspensão do salário que se dá pela proporção de pontos, relativos aos dias parados, não irá determinar o fim da paralisação. "Isso não quer dizer que não faremos valer nosso direito de trabalhador", constestou. Segundo ele, a decisão será submetida à apreciação da categoria.

Também nesta quinta, a juíza da 8; Vara Cível de Brasília manteve a determinação para que a Polícia Civil encerre a greve sob pena de multa diária no valor de R$ 50 mil. A princípio a penalidade havia sido estipulada em R$ 100 mil. A juíza intimou o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF) para comprovar o cumprimento da decisão imediatamente.

A decisão foi tomada com base na determinação do Ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), em Ação Cautelar proposta pelo Ministério Público do DF, que suspende parcialmente a deliberação proferida em Agravo de Instrumento apresentado pelo Sinpol contra a decisão da primeira instância.

O vice-presidente do Sinpol, confirmou o recebimento da intimação judicial nesta noite. Segundo ele, foi convocada uma reunião, a ser realizada nesta sexta-feira (25/11), com os representantes sindicais para discutir a decisão da Justiça. Ainda de acordo com Marinho, na ocasião serão abordadas possíveis adaptações na maneira como o movimento irá se manifestar a partir de então. "Não é uma ordem judicial que acaba com uma greve. É a categoria quem delibera em assembleia o rumo a ser tomado", afirmou.

Ainda de acordo com Marinho, na segunda-feira (28/11) a categoria deve se reunir em assembleia para decidir se encerra ou não a paralisação. "A princípio não se enfrenta uma ordem judicial. Mas a decisão cabe à categoria, que poderá apresentar coragem", indicou.

Ilegalidade
Na última segunda-feira, o presidente do STF, Cezar Peluso, considerou ilegal a paralisação. O movimento, porém, foi mantido e completa hoje 35 dias.

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