Cidades

Sarau literário homenageia Chatô sob o som de cancioneiros regionais

postado em 15/12/2011 10:03
A editora de Opinião e colunista do Correio Braziliense, Dad Squarisi, lançou o Manual de redação e estilo para mídias convergentes na noite de ontem em dois lugares. Primeiro, a autora apresentou a obra e distribuiu autógrafos a visitantes da Livraria Cultura, no Shopping CasaPark. Em seguida, ela expôs o manual na primeira edição dos 12 saraus mensais, organizados pela Fundação Assis Chateaubriand em homenagem ao seu jornalista fundador, no Espaço Chatô, na sede do jornal.

No livro, a escritora analisa as adaptações na maneira de escrever para a Internet e as consequências dessas mudanças na hora de ler as produções on-lines. Segundo Dad, as multifunções oferecidas pela web que possibilitam o internauta a ler textos, ver vídeos, fuçar galerias de fotos e obter informações anexas ao texto no ambiente virtual mudaram o perfil do jornalista e de quem escreve profissionalmente. ;O repórter de web precisa escrever, fotografar, filmar e editar o material que produz. O jornalista se transformou em um profissional multimídia realmente;, constata a autora.

Márcio Cotrim, Maria Paula, Anderson Horta, Judivan J. Vieira, Santiago Naud e Afonso Heliodoro, no lançamento de livros no Espaço Chatô

Homenagem

O lançamento da obra da editora no Espaço Chatô foi consagrado pela presença de vários artistas locais e de outras cidades. O evento contou com um time de autores de produção literária da cidade para uma roda de autógrafos e um bate-papo. A intenção do sarau era promover a literatura, a pintura, a música e o cinema feitos por (e sobre) escritores e poetas de Brasília.

Várias apresentações musicais alegraram a festa. O Coral Chatô foi um dos grupos que deu destaque às canções brasileiras, além do presidente do Clube do Choro, Reco do Bandolim e o seresteiro Raimundo Moura. Em homenagem à Paraíba, terra natal de Assis Chateaubriand, os repentistas Valdenor, Zé do Cerrado e Chico de Assis, da Casa do Cantador, trouxeram o cancioneiro nordestino.

Advogado, escritor, político e mentor do maior império de comunicação que o país já teve, o jornalista Assis Chateaubriand manteve uma profunda ligação com a arte. ;Ele era um homem de cultura;, afirmou Márcio Cotrim, escritor e diretor da Fundação Assis Chateaubriand, aproveitou a oportunidade para lançar o livro O pulo do gato 4 , sobre a origem das palavras e expressões idiomáticas.

Roldão Simas Filho, por sua vez, falou de seu Dicionário lá e cá, com o significado de 5,8 mil verbetes aqui e em Portugal. A atriz Maria Paula expôs a obra Liberdade crônica, uma compilação de textos que publica semanalmente no Correio, desde 2005. E o coronel Affonso Heliodoro lançou JK: de Diamantina ao memorial, em que avança em pontos cruciais da história do ex-presidente Juscelino. Os escritores Adirson Vasconcelos, Anderson Braga Horta, Judivan J. Vieira e Santiago Naud também participaram do mutirão literário. O senador paulista Eduardo Suplicy prestigiou a festa. ;O (Assis) Chateaubriand foi um grande jornalista e um dos maiores pioneiros de Brasília. Esta homenagem é mais do que merecida;, disse.

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