Cidades

Onofre diz ter sido vítima de um grupo que quer destruir Brasília

postado em 02/02/2012 17:22
O ex-diretor-geral da Polícia Civil do DF, delegado Onofre de Moraes, chegou à coletiva de imprensa marcada para a tarde desta quinta-feira (2) com 20 minutos de atraso. Ele entrou no auditório da Diretoria Geral da Polícia sorridente e iniciou um breve discurso, que durou cerca de 10 minutos.

O delegado contou que a conversa com o governador Agnelo nesta manhã, que decretou sua saída do cargo, foi em tom amigável. O delegado ainda revelou a intenção de se aposentar da Polícia Civil após 34 anos de serviços prestados à corporação.

Além de jornalistas, pelo menos 20 servidores da Polícia Civil acompanharam o discurso de Onofre. Ele alegou ter sido vítima de um grupo que está tentando destruir Brasília. O ex-diretor explicou que sua intenção ao desafiar o jornalista Edson Sombra, ;que publicou em seu blog o vídeo do delegado fazendo críticas à situação enfrentada por Agnelo;, era revelar o "trabalho sujo" que Sombra desempenhava na cidade.

Aparentemente desconfortável com os questionamentos, Onofre afirmou ter informações da existência de mais de 3 mil áudios e vídeos comprometedores, com a participação de autoridades do DF. As gravações, estariam nas mãos de Sombra e Durval Barbosa. Porém, ele não confirmou se há investigação sobre a possível existência das fitas. O ex-diretor não descartou a existência de outros vídeos em que ele apareça, pois admitiu ter visitado a casa de Sombra "mais de 200 vezes".

Ele também justificou a frase em que diz que veria "Agnelo num camburão da Polícia Federal". "Como numa reunião de amigos, a gente fala galhofas de outras pessoas. Antes de anunciar seu desligamento da polícia, ele quase chorou. "Saio de cabeça erguida e com a sensação de que deixei uma polícia mais operacional e menos política"

O diretor do DPE, Mauro César Lima, que também aparece nas gravações, sentou-se ao lado de Onofre na coletiva e disse que, por enquanto, permanece no cargo. "Estou aqui em solidariedade ao Onofre e minha permanência vai depender do próximo diretor da policia", resumiu o delegado, que também alegou que suas visitas à casa de sombra eram de cortesia. "Eu o visitava para levar uma palavra de conforto, pois ele se sentia ameaçado. Apenas isso".

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