Cidades

Puxadão de academia do secretário de Esporte terá que ser demolido

Iphan notifica academia localizada na 211 Sul, que tem como sócio o chefe da pasta do Esporte, Célio René. Em 15 dias, a área invadida deve ser liberada

Helena Mader
postado em 09/02/2012 07:05
Os donos do estabelecimento isolaram a passagem para pedestres com uma mureta: liminar garante ação
Nem mesmo o primeiro escalão do governo escapa da fiscalização contra o uso irregular de áreas públicas no DF. Uma academia de ginástica que pertence ao secretário de Esporte do GDF, Célio René, foi notificada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para retirar ocupações de áreas públicas. Se as estruturas não forem removidas, o instituto vai entrar com uma ação judicial contra o estabelecimento.

Os donos da Academia BBF, que fica em uma loja de esquina na comercial da 211 Sul, isolaram a passagem para pedestres com uma mureta e alguns aparelhos de ginástica ficam sobre a calçada. O Iphan notificou o empreendimento e deu prazo de 15 dias para a remoção das ocupações. O negócio tem como sócios os caratecas Altamiro Cruz e Célio René, que já foram campeões brasileiros e medalhistas em competições internacionais. Em janeiro do ano passado, Célio René assumiu o cargo de secretário de Esportes e, segundo sua assessoria de imprensa, está afastado da gestão da academia desde então. A assessoria do secretário informou ainda que as construções estão amparadas por uma liminar judicial e que Célio René é apenas cotista do empreendimento.

O sócio-diretor do empreendimento, Altamiro Cruz, diz que a academia já apresentou resposta ao Iphan. Ele explica que a mureta tem apenas 40 centímetros de comprimento e foi construída para ajudar a conter a água das chuvas. ;Já tivemos vários problemas com a inundação do subsolo e muitas lojas têm instalações semelhantes por esse motivo. Toda a estrutura que ocupa atualmente o espaço é removida à noite, não existe nada fixo no local;, explica Altamiro. ;Além disso, temos como provar que a mureta já existia quando compramos a loja, em 1997. Não construímos nada, de qualquer forma essa é uma benfeitoria necessária;, acrescentou Cruz.

A matéria completa você lê na edição impressa desta quinta-feira (9/2) do Correio Braziliense.

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