Cidades

Impasse entre empresas de ônibus deixa 80 veículos novos parados em garagem

postado em 17/02/2012 08:00
Os coletivos zero quilômetro foram fabricados em 2010 e nunca circularam: Polícia Civil deve iniciar a apuração dos fatos ainda hoje
Enquanto a frota velha e sucateada do transporte coletivo circula pelo Distrito Federal, 80 ônibus novos da Viação Planalto (Viplan) estão parados há mais de um ano. O impasse entre a empresa e a Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) se prolonga desde janeiro do ano passado. O órgão disse que só vai liberar os coletivos se for para substituir os velhos. A empresa, por sua vez, afirma que, dessa forma, os veículos permanecerão parados. Ontem, o deputado distrital Cláudio Abrantes (PPS) deu entrada em uma notícia crime solicitando que a Delegacia do Consumidor (Decon) abra um inquérito para investigar o caso. Em dezembro do ano passado, a DFTrans liberou veículos de qualquer idade para rodar pelo DF.

O distrital levou o caso à polícia após pessoas ligadas à Viplan denunciarem os ônibus parados na garagem de Sobradinho, localizada próxima à BR-020. ;O que vemos nas ruas são veículos velhos e os que estão novos não são usados. Isso é a constatação da precariedade do serviço oferecido pelas empresas. Já virou caso de polícia;, afirma Abrantes. ;O cidadão não tem alternativa e a empresa está se valendo dessa dificuldade para obrigar os usuários a pegarem ônibus ruins;, acrescenta o distrital.

Abrantes entrou também com um requerimento de informação para que a Viplan se explique à Câmara Legislativa em até 30 dias e relate o motivo pelo qual os ônibus estão parados há tanto tempo. Caso contrário, a empresa pode responder por improbidade administrativa. De acordo com a delegada-chefe da Decon, Alessandra Figueiredo, a Polícia Civil deve iniciar uma investigação ainda hoje (amanhã). ;Vamos apurar todos os fatos relatados no documento do deputado. A partir disso, vamos ver o que será feito;, explica. A delegacia só deve ter novidades a respeito do caso na próxima semana.

Leia reportagem completa na edição desta sexta-feira (17/02) do Correio Braziliense.

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