Cidades

Grupo de deficientes visuais confecciona peças em tricô e crochê

postado em 03/05/2012 10:59


Viver na escuridão jamais foi uma alternativa para Maria da Conceição Pereira Silva, 52 anos, moradora de Ceilândia. Ao abrir os olhos, tudo que ela enxerga é o breu. Maria nasceu sem a visão. Aprendeu a substituir o sentido pela imaginação. Conduziu o próprio destino, recusando-se a aceitar limites impostos por outras pessoas. O preconceito vinha de fora, mas jamais a corroeu por dentro. Conceição estudou, aprendeu a fazer crochê e tricô, além de tornar-se servidora pública: revela radiografias no Hospital Regional de Ceilândia (HRC).

Complementa a renda fazendo peças em linha, como blusas e bolsas. Recebe até 50 encomendas por mês. Ela integra parte de uma turma com outras três deficientes visuais, em um curso, em Taguatinga. ;Quando eu cheguei, a professora disse: ;Será que vou conseguir ensinar uma deficiente visual?; Eu contei que já sabia muita coisa, queria aprimorar. Ela aceitou o desafio;, lembrou Conceição.

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