postado em 06/06/2012 00:20
O ex-deputado distrital Júnior Brunelli (sem partido) deixou na madrugada desta quarta-feira (06/05) a Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil (DOE). O ex-parlamentar, que esteve detido por nove dias, saiu do local acompanhado pelos advogados e não falou com a imprensa. Nenhuma ação especial foi realizada para a sua liberação. Os advogados chegaram por volta das 23h40 e começaram a retirar os pertences dele do local. Segundo um dos advogados, ele seguiu direto para a casa, na Super Quadra Brasília (SQB), na Estrada Parque Taguatinga (EPTG).Brunelli, que ficou conhecido como o deputado da oração da propina na Operação Caixa de Pandora, também chamada de "mensalão do DEM", só poderia continuar preso caso a justiça decidisse decretar a prisão preventiva. Como isso não foi feito, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) não viu a necessidade de mantê-lo detido.
O ex-parlamentar é acusado de formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso. Ele é apontado como chefe de um esquema de desvio de pelo menos, R$ 1,7 milhão. "A defesa cuidou nesse primeiro momento da liberdade. Agora nós vamos iniciar uma nova briga que é ter acesso a todos elementos do processo", disse o advogado Eduardo Toledo. "A gente refuta que tenha havido esse desvio de R$ 1,7 milhão. Os serviços sociais foram prestados. Há provas desses fatos e se há irregularidades elas não atingem o ex-deputado", completou.
A prisão temporária de Brunelli foi decretada após a Polícia Civil deflagrar a Operação Hofini - nome que faz alusão ao filho de um sacerdote que roubava o dízimo dos fieis - que investiga um suposto esquema de desvio de recursos de emendas parlamentares. O dinheiro era supostamente liberado pela Secretaria de Desenvolvimento Social para uma associação ligada a parentes do ex-distrital.