Cidades

Animais selvagens dividem espaço com tacos e bolinhas no Clube de Golfe

Renato Alves
postado em 10/06/2012 08:27


Há muita vida no Clube de Golfe de Brasília, além dos praticantes do esporte do taco e da bolinha. Quase desconhecida pela maioria da população do DF, a agremiação conserva plantas nativas do cerrado e uma rica fauna. Pássaros, em especial, encontram na extensa área verde à margem do Lago Paranoá um abrigo seguro, com alimentos em abundância. Famílias inteiras de aves moram ao longo do sempre bem aparado gramado. Elas também fazem suas casas nas árvores retorcidas, típicas da flora local, mas cada vez mais raras no Plano Piloto.



Quem joga ou simplesmente passeia pelo Clube de Golfe tem um contato direto com a natureza em todos os pontos dos 730 mil metros quadrados do gramado. Campo que se mantém verde até nos tempos mais secos, graças a eficiente sistema de irrigação e ao trabalho de 42 funcionários. Joãos-de-barro, pica-paus, quero-queros, sabiás, corujas, gaviões e pássaros incomuns na área urbana, como as curicacas, convivem em harmonia com os jogadores. Todas as espécies têm ninhos espalhados pela imensa área vizinha à Ponte JK e ao Centro Cultural Banco do Brasil (Veja mapa).

Aliás, proteger os ninhos, os animais e as plantas é regra no Clube de Golfe. ;O golfista é essencialmente um ecologista. Aqui, quando um ninho é encontrado, o cercamos. Não toleramos qualquer agressão aos animais;, afirma o presidente da associação, o advogado Féres de Oliveira Jáber, 63 anos. Ele, no entanto, lamenta a falta de interesse da comunidade científica pelo espaço. ;Infelizmente, nunca apareceu ninguém para estudar, catalogar os nossos animais e as nossas árvores. Frequentadores do clube já nos disseram que aqui há espécies raras;, comenta.

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