Cidades

Suspeito teria matado professora após reação da vítima, acredita polícia

Walisson teria tentado atacar outra vítima antes de matar a professora. Ele teria levado R$ 15 e a aliança de casamento de Christiane Mattos

Ana Maria Campos
postado em 01/04/2013 18:25

A delegada Mabel Alves, que cuida do misterioso caso da morte da professora Christiane Silma Mattos, de 37 anos, trabalha com as hipóteses de que o carregador Walisson Santos Lemos, 23 anos, tenha cometido latrocínio. A pedagoga foi estrangulada no Estacionamento 9 do Parque da Cidade, na última quinta-feira (28/3). Para os investigadores, o crime teria ocorrido porque o suspeito teria se assustado com a reação da vítima.

O suspeito chegou também a dizer que teria matado a professora, sem roubar nada. Mas, diante de depoimentos contraditórios, a delegada acredita que a confissão de latrocínio seja mais consistente. Segunda ela, Walisson estaria na garagem do shopping Pátio Brasil buscando vítimas aleatoriamente.

Em primeiro lugar, Walisson teria tentado abordar outra pessoa, mas um motociclista passou por perto e o carregador teria desistido. Em seguida, a professora teria chegado carregando ovos de Páscoa, e ele teria colocado o celular debaixo da camisa simulando uma arma para rendê-la.



A polícia acredita que o carregador e a professora não se conheciam. Durante a abordagem, Walisson teria conseguido que a professora lhe entregasse R$ 15, já no Parque da Cidade. Ele levou também a aliança de casamento dela. Conforme disse em depoimento, Walisson estava desempregado.

O crime
Christiane Silva Mattos saiu para comprar ovos de Páscoa e, em seguida, buscaria os filhos, de 2 e 7 anos, na escola, mas desapareceu na tarde de quinta-feira (28/3). A servidora da Secretaria de Educação foi localizada sem vida dentro do próprio carro, um Fiat Bravo, sentada no banco do motorista e presa ao cinto de segurança.

[SAIBAMAIS]Não havia sinais de ferimentos com arma de fogo ou com objeto cortante. Fontes policiais informaram ter chegado ao suspeito por meio das impressões digitais deixadas no veículo. O homem teria confessado o crime na 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul).

Objetos da professora, como o smartphone e a carteira com cartões de crédito, talões de cheque e dinheiro não foram levados. Os ovos de Páscoa comprados à tarde também estavam no veículo, próximos às duas cadeirinhas dos dois filhos.

O veículo havia sido trancado por fora e por isso, os agentes quebraram os vidros do carro para retirar a vítima. O corpo de Christiane foi enterrado em Taguatinga, neste sábado (30/3).

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