Cidades

Interdição em maternidade do HRC aumenta procura em Taguatinga e no Hmib

Secretaria diz que a rede tem condições de absorver toda a demanda

postado em 16/04/2013 06:00
Moradora de Ceilândia, Dilva levou os filhos para o HRT:
Amedrontadas com o surto de bactéria no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), mães têm recorrido a outras unidades da rede pública de saúde para dar à luz a seus bebês ou consultar seus filhos. A demanda no Hospital Materno-Infantil (Hmib), na Asa Sul, aumentou 10% nos últimos três dias devido ao fechamento da maternidade do HRC, no último sábado. Muitas também superlotaram o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) em busca de atendimento pediátrico. Ontem, 16 crianças estavam internadas na enfermaria, mais que o dobro do normal. Apesar disso, apenas dois profissionais estavam de plantão.

A emergência do Hospital de Taguatinga estava cheia na tarde de ontem, mais que o habitual. Entre as pessoas que aguardavam atendimento para os filhos, estava a dona de casa Dilva Ribeiro do Nascimento, 38 anos, que mora em Ceilândia. ;Nem passei no HRC, com medo dessa bactéria. Sem contar que lá também não tem médico, mas cheguei aqui e deu no mesmo;, disse. Ela chegou ao HRT pela manhã, mas às 16h, os dois filhos, Arthur, de 1 ano, e Yasmin, 3, não tinham sido consultados. Ambos estavam com febre e vômito.

Mesmo crianças com necessidade especial ; cuja legislação brasileira garante prioridade ; enfrentaram mais de sete horas até serem chamadas no HRT. A dona de casa Hélia Batista Alves, 42 anos, voltou para casa sem saber o problema de Enzo Lima, de 6 meses, portador da síndrome de Down. Ela evitou o HRC também com medo da bactéria. ;Ave Maria de ir para lá! Com essa história, não vou de jeito nenhum. A gente entra com um problema e pega outro mais grave;, ressaltou.

Secretaria diz que a rede tem condições de absorver toda a demanda

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