Cidades

Noite de Brasília perde o empresário e agitador cultural Jorge Ferreira

Jorge estava internado havia uma semana, em um hospital do Rio de Janeiro. O empresário passou mal no apartamento que mantém na capital fluminense

postado em 02/07/2013 15:04

Jorge estava internado havia uma semana, em um hospital do Rio de Janeiro. O empresário passou mal no apartamento que mantém na capital fluminense

Por volta do meio-dia desta terça-feira (2/7), médicos confirmaram a morte do empresário, poeta, professor, sindicalista e agitador cultural Jorge Ferreira, aos 54 anos. Apesar de ser mineiro, Jorge será enterrado em Brasília, onde construiu o seu grupo de bares e restaurantes e se tranformou em um dos maiores nomes da noite. O corpo deve chegar a Brasília no início da noite, mas ainda não há horário marcado para velório e sepultamento.

Jorge Ferreira fundou 12 dos mais badalados bares do Distrito Federal. Entre eles, o Bar Brasil, o Bar Brasília, o Armazém do Ferreira e o Feitiço Mineiro. Os estabelecimentos se tornaram redutos das classes política e artística. Entre outros, Jorge Ferreira era amigo íntimo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas ele tem laços com integrantes de outros partidos, além do PT, com quem mantinha fortes amizades.

Jorge estava internado havia uma semana, em um hospital do Rio de Janeiro. O empresário passou mal no apartamento que mantém na capital fluminense. Teve um acidente vascular cerebral (AVC). Este fim de semana, sofreu um segundo AVC e o seu quadro clínico piorou. Deixou mulher e três filhos, além de uma legião de amigos.



Mineiro candango
Nascido em Cruzília, Sul de Minas Gerais, Jorge Ferreira fazia negócios, literalmente, como quem conversa em mesa de bar. Graduado em ciências sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), ele mudou-se para Brasília em 1985. Na capital, fez muitos amizades, ganhou admiradores e clientes fiéis.



Cidadão honorário de Brasília, título recebido pelo trabalho cultural que realizava no Feitiço Mineiro ao organizar encontros de grandes músicos nacionais e promessas locais, Jorge nunca pensou em afastar seus negócios da vertente artística. Ele promoveu mais de 10 mil shows.

Em nota, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) lamentou o falecimento do empresário. "Jorjão também foi responsável por fortalecer a cena cultural do DF com a promoção de milhares de shows em suas casas e, entre outras bandeiras, lutou pela revitalização de uma das avenidas comerciais mais tradicionais de Brasília, a W3 Sul, onde abriu o Bar Brasília e o Mercado Municipal. A Diretoria da Fecomércio expressa seus sentimentos para os familiares e amigos", declarou a entidade.

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