Cidades

Morador de rua queimado vivo deve ter enterro social

O crime ocorreu em 1º de agosto. Os acusados passaram pelos mendigos, jogaram gasolina e incendiaram as vítimas

postado em 02/09/2013 06:02
Morador de rua, colega de Edvan, na praça onde ocorreu o crime: medo

O prazo para reclamar o corpo do morador de rua queimado vivo, há um mês, no Guará, encerrou ontem e nenhum parente de Edvan Lima dos Santos, 49 anos, apareceu no Instituto de Medicina Legal (IML). Ele é natural da Bahia e, aparentemente, não tem familiares em Brasília. As poucas informações sobre ele dão conta apenas de dois filhos, em Tocantins. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedest) se prepara para acionar o Movimento Nacional dos Moradores de Rua para fazer um enterro social. A liberação do corpo deverá ser feita pela Defensoria Pública do DF nos próximos dias. Nesse caso, o sepultamento ganha uma placa simples de identificação, com nome.

A solicitação será encaminhada para a unidade de assistência social mais próxima, um Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) ou Plantão Social, onde deve ser preenchida uma ficha simples de requerimento com as informações da unidade de saúde solicitante, com dados informados na guia de sepultamento e na certidão de óbito. A partir daí, será feito o agendamento com o serviço funerário da Sedest, que retira o corpo e o leva até o cemitério. ;Nesse caso, ele não será enterrado como indigente, porque ele tem documento. O corpo ainda vai ficar um tempo no IML. Hoje, vamos entrar em contato com o movimento dos moradores de rua;, explicou o secretário da Sedest, Daniel Seidel.

Segundo a polícia, Wesley Lima da Silva, 18 anos, e dois adolescentes, de 15 e 17 anos ; essa última, filha de um agente da PF aposentado ;, atearam fogo em Edvan por pura ;crueldade e diversão;. O crime aconteceu em 1; de agosto. Os acusados passaram pelos mendigos, jogaram gasolina e incendiaram as vítimas. Edvan foi encaminhado para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) com 63% do corpo queimado. Teve paradas cardiorrespiratórias e morreu dois dias depois. Menos de uma semana após o crime, investigadores da 4; DP (Guará) e da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) apreenderam um adolescente de 15 anos. No dia seguinte, localizaram a garota. O caso foi concluído em 20 de agosto, com a prisão de Wesley Lima da Silva, 18 anos.

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