Cidades

Moradores reivindicam o tombamento de monumentos do Distrito Federal

Moradores reivindicam o reconhecimento da importância de monumentos em diversas regiões administrativas, como o Templo Budista de Brasília e o Teatro da Praça, em Taguatinga. A iniciativa de pedir a proteção de bens pode partir do governo ou da comunidade

postado em 08/09/2013 08:00
O Jangada, na entrada do Guará, é um dos monumentos que a comunidade quer ver revitalizado e tombadoA importância cultural de Brasília foi reconhecida pelo mundo 27 anos após a inauguração da cidade idealizada por Lúcio Costa. Primeira capital moderna a receber o título da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 1987, teve nas curvas do concreto de cada monumento a confirmação de sua relevância. Além do conjunto urbanístico, alguns bens foram tombados individualmente pela Secretaria de Cultura. No entanto, muitos monumentos ficaram fora da lista da Subsecretaria do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Suphac) e são alvo de reivindicação dos moradores.

É o caso do Templo Budista de Brasília. Frequentadores e a administração do espaço elaboram uma lista de assinaturas para pedir o tombamento da construção. Moradores de outras regiões administrativas identificaram bens que poderiam ter o mesmo destino. Em Taguatinga, a comunidade defende a proteção do Teatro da Praça, um dos mais tradicionais da cidade, inaugurado em 1966. Apesar de ter passado por algumas reformas, a construção sofre com a ação do tempo. Nas paredes de cor verde, é possível perceber a tinta descascar, fora o entulho deixado ao lado do espaço.

;É o único em Taguatinga e está em pleno funcionamento, a população tem um carinho especial por ele;, comentou o publicitário e vereador comunitário Geraldo Inácio Patriota, 49 anos, morador da região administrativa desde 1988. Ele contou que, há alguns anos, os moradores brigam para não deixar o espaço fechar. ;O teatro passou por uma reforma há alguns anos. Trocaram o tablado e o estofamento, mas precisa de um reparo maior. Aqui é onde os estudantes se reúnem, os grupos de teatro se encontram, e a Academia Taguatinguense de Letras faz os saraus;, completou.

Na cidade, além da Escola Industrial de Taguatinga (EIT), que tem um tombamento provisório de 2007, o Relógio recebeu o título em setembro de 1989. ;Todo mês, fazemos uma feira de artesãos aqui na Praça (do Relógio). A gente vem não só pelo trabalho, mas para conversar e ver as pessoas. Isso aqui é muito importante e deve ser preservado;, comentou a aposentada e artesã Rita Teixeira, 62 anos, moradora da cidade. ;Os trabalhadores que vieram construir Taguatinga desceram aqui, é o marco zero, nossa referência. Passam cerca de 300 mil pessoas todos os dias;, salientou Geraldo Patriota.

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