Cidades

Homem entra na Justiça após ser chamado de "bafo da morte" no app Lulu

Aplicativo faz sucesso entre as mulheres, que dão notas aos homens até na cama. Será lançado um concorrente masculino

postado em 28/11/2013 07:40 / atualizado em 19/10/2020 14:05

Aplicativo faz sucesso entre as mulheres, que dão notas aos homens até na cama. Será lançado um concorrente masculino

Lulu. São as quatro letras da discórdia e o início de uma prometida guerra dos sexos digital. Desenvolvido exclusivamente para o uso das mulheres, o aplicativo criado na Inglaterra permite a avaliação anônima do desempenho de homens na intimidade. Chegou ao Brasil há poucos dias e lidera o ranking de downloads de apps — foram 5 milhões em uma semana— na Apple Store e é um dos destaques da Google Play.

A ferramenta logo dominou as discussões em redes sociais virtuais e reais. O alvoroço apressou a revanche dos homens. O contra-ataque masculino, desenvolvido por três brasileiros, ganhou o apelido de Tubby e tem previsão de lançamento para a próxima semana. Funcionará da mesma forma que o “concorrente” feminino.

O aplicativo foi criado pela jamaicana Alexandra Chong após um encontro com amigas em um bar. Ao acessar o programa, mulheres podem atribuir notas aos homens que têm perfil no Facebook nos quesitos: humor, educação, sexo, primeiro beijo, ambição e compromisso. Elas não precisam se identificar e podem usar hashtags pré-definidas a fim de detalhar mais características do avaliado. #DeixaAsInimigasComInveja, #ObcecadoPorStarWars, #AiSeEuTePego e #NãoLigaNoDiaSeguinte são algumas delas.

Mas muitos homens não gostaram de ter a intimidade exposta nas redes sociais. Alguns entraram com ações na Justiça. No Rio de Janeiro, um universitário não gostou de ser classificado como “bafo da morte” e processou o aplicativo. A advogada Isabela Guimarães, especialista em direito digital, prevê uma enxurrada de pedidos de indenização, principalmente após o lançamento do Tubby. “O artigo 5º da Constituição Federal defende a livre manifestação, mas proíbe o anonimato. Os mantenedores do aplicativo podem ser obrigados, mediante decisão judicial, a revelar a identidade de quem escreveu algum tipo de comentário considerado ofensivo”, explicou.

A defensora explica que, no caso do Lulu, mesmo sediado fora do país, deve ser enquadrado de acordo com as leis brasileiras. “Não interessa a nacionalidade do serviço. Se ele for prestado dentro do Brasil, terá de se adequar às nossas regras”, frisou Isabela.

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