Cidades

Após escândalos, cafetina Jeany Mary, concentrava "serviço" no empresariado

Por causa de escândalos, Jeany Mary Corner passou a concentrar os serviços no meio empresarial e nos segundo e terceiro escalões do governo federal

Paulo de Tarso Lyra
postado em 04/12/2013 06:00
Por causa de escândalos, Jeany Mary Corner passou a concentrar os serviços no meio empresarial e nos segundo e terceiro escalões do governo federal
A relação entre o Congresso Nacional e a cafetina Jeany Mary Corner, presa na segunda-feira durante a Operação Red Light, esfriou após os casos do mensalão, em 2005, e da República de Ribeirão Preto, a casa no Lago Sul onde ocorriam as festas que levaram à queda do então ministro da Fazenda Antonio Palocci, em 2006. Fontes ouvidas pelo Correio disseram que a acusada passou a concentrar, então, os serviços de sua ;empresa de eventos; para o meio empresarial e ao segundo e terceiro escalões do governo federal. Isso inclui secretários executivos, chefes de gabinete e outros funcionários graúdos da máquina pública de Brasília. ;R$ 10 mil é caro, não é para qualquer um. Em Goiânia, por exemplo, é mais barato;, disse uma autoridade que, afirmam colegas de Legislativo, tem conhecimento de causa.

Ele completa, brincando, que, nas vezes em que teve de ir para a capital de Goiás, às quintas-feiras, era comum ver carrinhos pequenos com duas ou três moças retornando de Brasília. Na prática, funcionaria como o expediente parlamentar: de terça a quinta-feira, elas ficam no Distrito Federal e, no fim de semana, voltam às ;bases eleitorais;.

Há 10 anos, o cenário era bem diferente. Apesar de, preferencialmente, concentrarem os trabalhos no Anexo IV da Câmara ; o prédio amarelo conhecido como Serra Pelada e que fica mais afastado do complexo principal ;, não era raro ver as moças de Jeany, e de outras agenciadoras, desfilando pelo Salão Verde do Congresso Nacional. ;Elas chegavam com os deputados, não podíamos fazer nada para impedir. Ficavam no fundo do plenário, esperando os discursos na tribuna e, depois, seguiam para os gabinetes;, contou um dos seguranças da Casa.

Essa situação, inclusive, gerou um constrangimento recente. Em maio de 2012, uma calcinha caiu do bolso de um deputado na frente da Mesa Diretora da Casa. A peça era azul e vermelha, com babadinhos nas laterais. Ela, posteriormente, foi ;periciada; por seguranças, assessores e jornalistas mas, sem ter sido reclamada por nenhum proprietário, acabou incinerada.

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