Cidades

Volta para casa de estudantes do Gymnasiade trava embarque em aeroporto

Os participantes dos Jogos Mundiais Escolares tiveram dificuldades no check-in: funcionários que não falavam inglês e poucas máquinas de auto atendimento

postado em 04/12/2013 15:55
As delegações de estudantes estrangeiros que participaram dos Jogos Mundiais Escolares (Gymnasiade) passam por dificuldades na hora de voltar para casa no aeroporto de Brasília. Muitos não conseguem realizar o check-in nos guichês, enfrentam enormes filas ou se deparam com funcionários que não falam inglês quando vão despachar as malas nos balcões de atendimento da empresa aérea TAM. Os funcionários da TAM recomendam que as delegações, cada uma com mais de 50 alunos, se dirijam aos totens para realizar o check-in, mas há apenas 13 máquinas disponíveis e, devido a isso, as filas também são enormes.

Uma funcionária da TAM disse que a recomendação para que as delegações façam o check-in nas máquinas é dada para todos os clientes. Segundo ela, essa é uma nova norma interna da empresa, que, agora, está controlando o tempo de espera dos clientes nas filas e do atendimento dos clientes no balcão. ;Por enquanto, apenas o aeroporto de Brasília e de Congonhas está seguindo essas novas regras. Agora atendemos igual robôs. Damos no máximo bom dia ao cliente e começamos o atendimento para que possamos estar dentro do tempo estipulado para cada serviço. Pela manhã, recebemos uma avaliação da empresa para saber se a meta foi cumprida;, ressaltou a funcionária. Nas filas do guichê da TAM, existe uma pessoa com uma prancheta na mão anotando esses tempos.

A professora de inglês Letícia Alves, 25 anos, ajudou a delegação do Suriname na hora do embarque e comentou sobre as dificuldades que passou. ;Muitos funcionários da empresa aérea não estão preparados para receber pessoas por não falarem inglês. Esse foi um dos motivos que a organização me chamou para trabalhar, auxiliar na hora das dificuldades;, ressaltou.

Já passaram pelo aeroporto de Brasília as delegações da Rússia, com 98 estudantes, e do Suriname, com 30 pessoas. No momento da publicação deste texto, a delegação da Espanha enfrentava uma enorme fila. Segundo a organização do evento, os jogos acabaram ontem (3) e as 33 delegações que participaram retornam hoje aos seus países. Cerca de 1,5 mil estudantes estiveram nos jogos - desses, 1290 são pessoas de outros países. A organização disponibilizou pessoas que falam mais de uma língua para ajudar as delegações.

Casos como esse refletem as dificuldades das empresas aéreas brasileiras ao receber estrangeiros, principalmente nas vésperas de grandes eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Procurada, a TAM disse que a quantidade de totens em cada aeroporto do país varia de acordo com o número de passageiros embarcados e a disponibilidade física do espaço cedido pelo administrador aeroportuários e afirmou não ter intenção de alterar a quantidade das máquinas em Brasília. A empresa aérea informou ainda que oferece aos seus funcionários cursos de inglês e que ainda está avaliando os ajustes em sua malha aérea e o reforço de atendimento que serão necessários para atender os passageiros durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016

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