Cidades

Piscinas de clubes de Goiás não são fiscalizadas pelo Corpo de Bombeiros

Garoto de 7 anos estava com a avó quando teve o braço sugado pelo ralo da cascata da piscina na cidade turística de Caldas Novas. Ele foi trazido de helicóptero para Brasília, onde a família mora, e, segundo bombeiros de Goiás, seu estado era grave

Juliana Contaifer, Luisa Ikemoto
postado em 02/01/2014 07:00
As piscinas coletivas não são regulamentadas pelo Corpo de Bombeiros de Goiás (CBM-GO), segundo informa o coronel Leonardo Rodrigues da Fonseca, do Departamento de Comunicação Social da corporação. Como não há normas sobre o uso destas áreas em resorts e clubes do Estado, o CBM não tem como realizar a fiscalização.

Como o número de acidentes nestas áreas recreativas estão crescendo, em fevereiro serão publicadas normas, às quais todas as piscinas coletivas da região deverão se adequar. A partir deste momento, a corporação irá assumir a fiscalização e vistoria, diz Leonardo. Nesta quarta-feira (1/1), uma criança de sete anos ficou em estado gravíssimo após ser sugada pelo ralo de um piscina em Caldas Novas, em Goiás.

Garoto de 7 anos estava com a avó quando teve o braço sugado pelo ralo da cascata da piscina na cidade turística de Caldas Novas. Ele foi trazido de helicóptero para Brasília, onde a família mora, e, segundo bombeiros de Goiás, seu estado era grave

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Goiás (CBM-GO), toda a família de Kauã Davi de Jesus Santos estava no Residencial Privé das Thermas 1 para aproveitar o feriado de fim de ano. A criança brincava com a avó, quando ocorreu o acidente. No fim da tarde, o menino foi trazido de helicóptero para o Hospital Santa Helena, na Asa Norte, onde permanecia internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até o fechamento desta edição.

O ralo que sugou o braço direito do menino alimenta a cascata da piscina. Familiares e turistas tentaram resgatá-lo, mas ele ficou submerso por cerca de 10 minutos. O socorro foi acionado por volta das 11h. De acordo com os militares, a criança estava sem pulso, com parada cardiorrespiratória. Os bombeiros conseguiram reanimá-lo a caminho da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.

Segundo a equipe médica que atendeu a criança em Goiás, Kauã estava com muita água nos pulmões e escoriações no braço. ;Ele foi estabilizado e está respirando com a ajuda de equipamentos, mas o estado é gravíssimo;, explicou o capitão Luiz Carlos, responsável pelo CBM-GO, no fim da tarde de ontem.

A criança seria transferida para UTI infantil na cidade de Santa Helena, localizada no Sudoeste de Goiás, a cerca de 300 km de Caldas Novas. Mas a família, que mora em Brasília, pediu para o menino ser levado para o hospital particular na Asa Norte. De acordo com o Centro Integrado de Atendimento e Despacho (Ciade) do Corpo de Bombeiros do DF, a solicitação de resgate chegou por volta das 13h. Duas horas depois, o helicóptero Esquilo levantou voo para buscar a criança. O desembarque foi na base dos bombeiros, no Setor Militar Urbano, às 18h40. O menino foi de ambulância para o hospital e seguiu imediatamente para a UTI.

A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique * O Correio chegou a informar que a idade da criança era 3 anos. A informação foi corrigida em 3/1, às 17h46

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