Cidades

Engenheiro radicado no DF atravessa a nado canal entre Argentina e Chile

Alfredo Guerra Machado, 60 anos, completou em 31 minutos o percurso de 1,5 mil metros, no qual teve a companhia de pinguins

postado em 23/01/2014 06:04


Alfredo se deparou com uma correnteza que o tirou da rota por alguns momentos

Até ontem, nenhum brasileiro havia cruzado a nado livre as águas geladas do Canal de Beagle, estreito banhado pelo mar e que está na fronteira entre o Chile e a Argentina. O feito inédito para o país foi conquistado às 15h (de Brasília) por um nadador máster do Distrito Federal, o engenheiro potiguar Alfredo Guerra Machado, 60 anos. A travessia de 1,5 mil metros durou 31 minutos. Durante o trajeto ; de Punta Peña, na Ilha de Navarino, até Punta Mac Kinley, na Terra do Fogo ;, o atleta enfrentou temperaturas negativas, com possibilidades de queda de neve e correntezas marítimas. Poucas pessoas no mundo se atreveram a entrar para a história ao executar a mesma proeza de Alfredo. Para encarar situações como essa, ele treina diariamente no Parque Nacional de Brasília desde 1993.

Alfredo Guerra  Machado, 60 anos, completou em 31 minutos o percurso de 1,5 mil metros, no qual teve a companhia de pinguins Há 10 dias, o engenheiro desembarcou na cidade chilena de Puerto Williams após a viagem em um barco pelos canais antárticos. Desde então, treinava nas águas do estreito. Para transpor o Canal de Beagle, o nadador precisou de autorizações das marinhas argentina e chilena, que o acompanharam durante todo o caminho. A missão começou a ser preparada em 2012. As despesas para o nado no Canal de Beagle foram arcadas totalmente pelo engenheiro. À época, ele conseguiu que uma empresa nacional especializada em roupas aquáticas desenvolvesse trajes adequados para a travessia. Foram fabricadas cinco peças térmicas suficientes para suportar os 5;C da água do canal e os 2;C negativos do ar.

Uma hora antes do início da aventura, Alfredo protegeu a pele com um remédio manipulado de dois componentes que levou do Brasil. O creme foi usado para manter a temperatura do corpo e protegê-lo se, porventura, entrasse água entre a roupa e a pele. Em seguida, vestiu os trajes feitos de neoprene. Primeiro, colocou uma peça com 1mm de tecido térmico. Por cima, vestiu uma espécie de macacão com mangas longas e calça. Por fim, colocou luvas, meias e capuz. Tudo isso para não ter contato com a água.

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