Cidades

Líderes da operação tartaruga já foram condenados pelo mesmo ato antes

Incentivadores de paralisações de policiais e bombeiros militares desde 1994 - que chegaram a ser expulsos das corporações e voltaram após perdão de governantes - estão à frente da operação tartaruga no Distrito Federal

Renato Alves
postado em 05/02/2014 06:00

Incentivadores de paralisações de policiais e bombeiros militares desde 1994 - que chegaram a ser expulsos das corporações e voltaram após perdão de governantes - estão à frente da operação tartaruga no Distrito Federal

Ao menos três dos líderes do movimento de policiais e bombeiros militares, iniciado em 2012, suspenso e retomado em outubro com a operação tartaruga, foram condenados por fazer o mesmo em 1994, 2000 e 2001. No entanto, acabaram perdoados por meio de anistias do ex-governador Cristovam Buarque, em 1998, do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010, e da presidente Dilma Rousseff, em agosto último, todos em mandatos pelo PT, partido que governa o Distrito Federal desde 2011.

A primeira medida beneficiou o hoje prefeito de Água Fria (GO), João de Deus, expulso da PMDF há 20 anos. A segunda absolveu mais de 5 mil militares do Distrito Federal e nove unidades da Federação punidas por envolvimento em movimentos reivindicatórios da categoria, entre 1997 e a data da publicação do perdão presidencial. A segunda agraciou 3 mil participantes de mobilizações grevistas em 17 estados e no DF, de 1; de janeiro de 1997 a 5 de agosto de 2013.



No caso do DF, fazem parte da lista de participantes do movimento de 2001 e ainda em atividade na vida política da categoria: o presidente da Associação Única dos Oficiais e Praças Ativos, Inativos e Pensionistas dos Bombeiros (Asbom), cabo Geovani da Silva; o presidente do Clube dos Sargentos e Sub-Tenentes (Cresspom), sub-tenente Pedro Carvalho; e o deputado distrital Patrício, que em 1998 fundou a Associação dos PMs e Bombeiros do DF (Aspol) e três anos depois liderou a primeira greve de militares na capital.

O presidente da Associação Recreativa e da Assistência aos PMs do DF (Cifais), major José Ribamar de Sousa Cruz, está entre os militares investigados pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), pela operação tartaruga deflagrada em outubro. Além dele, estão na mira do MPDFT o presidente da Associação dos Oficiais (Asof), Fábio Pizetta; o presidente da Associação Representativa dos Subtenentes e Sargentos Ativos e Inativos da PM e do CB (ASS/Armilc), tenente Edson Ricardo Isaías (Ricardo Pato); o presidente da Associação dos Praças (Aspra), João de Deus; e o vice da entidade, sargento Manoel Sansão.

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