Cidades

Naufrágio: grupo terminava passeio quando canoa virou; menino salvou a mãe

Das 11 pessoas que estavam na embarcação, sete morreram afogadas

Luiz Calcagno
postado em 23/02/2014 15:25

Canoa tinha capacidade para cinco pessoas, mas 11 estavam dentro na hora do acidente

Relatos de parentes das vítimas indicam que o próximo à Luziânia, teria ocorrido no momento em que a canoa fazia a volta para deixar as pessoas na margem. O episódio aconteceu por volta das 14h de sábado (22/2). O condutor prestou depoimento à polícia na noite de sábado.

Segundo informações da família, o condutor foi fazer uma curva para voltar à margem e, como a canoa tinha mais pessoas do que a capacidade permitia, acabou tombando. No entanto, de acordo com informações do condutor, um dos adultos fez uma brincadeira de jogar água em uma das crianças e ela, para não ser molhada, se levantou e por isso a canoa teria virado.

[SAIBAMAIS]Um menino identificada como Pedro Henrique, de seis anos, conseguiu salvar a mãe, Josiane. Ela se agarrou a ele, que usava colete salva-vidas e, juntos, ambos conseguiram chegar à margem. Outro parente das vítimas, Sandro, também conseguiu escapar nadando, bem como o dono da canoa.



Segundo informações da família, o condutor foi fazer uma curva para voltar à margem e, como a canoa  tinha mais pessoas do que a capacidade permitia, acabou tombando

Arthur Baliza, de 5 anos, foi encontrado no local pouco depois do incidente e levado pela avó, Maria das Graças para o Hospital Municipal de Luziânia. O menino, no entanto, já chegou morto ao local.

As outras vítimas são os irmãos Rúbio da Silva, de 27 anos, e Sara da Silva, 16, além de um homem identificado como Evandro dos Santos, de 28 anos, e das crianças Ane Gabryely da Silva, de 4 anos. Davy Meneses, 11 anos e Jayne Meneses, 10 anos, eram irmãos e também morreram. Todas as vitimas são de Santa Maria e da mesma família.

Maria das Graças é a proprietária da fazenda onde o grupo estava e seria vizinha do dono da canoa. Ele prestou depoimento na noite de sábado e, segundo parentes das vítimas, não apareceu mais na chácara. Agentes informaram à reportagem que só é possível ter acesso ao depoimento na segunda-feira, pois os documentos estariam trancados em um armário.

A região em que ocorreu o acidente é da jurisdição do 7; Distrito Naval. A tenente Juliana Amaral, informou que uma equipe de Inspeção Naval foi enviada para colher material para um inquérito que irá investigar as causas do acidente, cujo resultado será divulgado em até três meses. Ela ainda aponta que segundo a lei, as embarcações movidas a motor devem estar dotadas de coletes salva-vidas para todos os passageiros, nunca exceder o número máximo de pessoas, e ser manobradas por um condutor habilitado.


Assista à reportagem da TV Brasília


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