Cidades

Governo do DF quer que Justiça interrompa greve dos metroviários

De acordo com a diretora de assuntos jurídicos do Sindicato dos Metroviários, até que o resultado do recurso seja divulgado, a greve vai continuar

postado em 07/04/2014 14:53
A paralisação tem lotado as estações de metrô do DF há quatro dias
O Governo do Distrito Federal (GDF) decidiu enviar proposta de dissídio coletivo ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para paralisar a greve dos metroviários do DF, que já dura quatro dias e tem complicado a vida dos brasilienses. Segundo a assessoria do Metrô-DF, a iniciativa partiu depois de reunião realizada na última quinta-feira (3/4), quando representantes do Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal (Sindmetrô-DF) teriam se negado a negociar um acordo. A proposta, que deixa a decisão da validade da greve à Justiça, deve ser encaminhada ainda nesta segunda-feira (7/4).

[SAIBAMAIS]Segundo a diretora de assuntos jurídicos do Sindmetrô-DF, Tânia Viana, a reação do GDF não tem base legal, já que é necessário consentimento entre as partes para que haja o dissídio coletivo. ;É preciso ter anuência das duas partes;, afirmou. ;Nós havíamos pedido o dissídio coletivo e eles negaram. Agora, o que eles vão fazer é entrar com dissídio de greve;.

Ainda de acordo com a diretora do Sindmetrô-DF, até que o resultado do recurso seja divulgado, a greve vai continuar. ;Nós vamos aguardar. A última coisa que nós queremos é penalizar a população, mas infelizmente é o que vai acontecer;, disse.



A greve dos metroviários chegou ao quarto dia nesta segunda-feira (7/4) com grande acúmulo de passageiros nas estações de metrô e nas paradas de ônibus. Dos 24 trens que circulam regularmente na cidade, apenas sete estão em atividade.

Reivindicações
Os metroviários que aderiram à greve na última sexta-feira (4/4) reclamam da falta de negociação com o GDF por melhorias para a categoria. Entre as reivindicações estão correção das distorções salariais do plano de carreira; redução de jornada para seis horas; reajuste salarial de 10%; plano de previdência complementar; aumento da quebra de caixa da bilheteria, entre outros.

A paralisação terá tempo indefinido, segundo o sindicato. A categoria vai manter 30% do efetivo trabalhando.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação