Cidades

Argamassa feita em Planaltina de Goiás vai abastecer o Distrito Federal

Potencial do mercado brasiliense faz grupo Saint-Gobain construir unidade no Entorno

Paulo Silva Pinto
postado em 15/04/2014 08:41
A nova planta foi construída depois que a de Anápolis ficou insuficiente para suprir a demanda de Brasília
O tamanho do mercado de construção no Distrito Federal fez com que Planaltina (GO), no Entorno, conquistasse um investimento de R$ 35 milhões: a nova fábrica de argamassa da Weber, empresa do grupo francês Saint-Gobain. O presidente mundial da empresa, Pierre-André de Chalendar, participou ontem da inauguração da planta, a 17; no país.

Argamassa é a mistura de areia, cimento e aditivos. O transporte pode ter alto impacto nos custos. Por isso, ao comprar a brasileira Quartzolit em 1997, com apenas uma grande fábrica, a Weber decidiu instalar várias unidades produtivas no país. Goiás já tem uma, em Anápolis. É insuficiente, porém, para dar conta da demanda do estado e do DF.

O presidente da Weber no Brasil, Carlos Orlando, disse que a empresa não conseguiu encontrar terreno industrial em Brasília. Optou, então, por comprar uma área de 46 mil m; na cidade do Entorno. Segundo ele, não houve incentivos além dos concedidos a qualquer empresa que se instala no estado. Haverá 20 funcionários na fábrica. Outros 40 terceirizados. E serão criados mais 50 empregos indiretos.



Perguntas para Pierre-André de Chandelar, presidente mundial do Grupo Saint-Gobain

Sem contar a construção civil, o Grupo Saint Gobain vai bem no Brasil?
Houve desaceleração em vários setores, como a indústria automotiva, para a qual fornecemos vidros. O Brasil perdeu competitividade. Portanto, temos de investir em produtividade. O custo da mão de obra aqui ficou caro. A saída é a automatização, como na Europa. Nos últimos três anos, aceleramos muito esse processo, mas estamos atrasados.

Por que não investiram antes?
Há cinco anos, esse problema era menor. Para investir, é preciso retorno. O nível de automatização das fábricas aqui terá de ser o mesmo da Europa.

A situação tende a melhorar?
O Brasil não será mais um país onde se vai produzir, para exportar, produtos que exigem muita mão de obra. Isso acabou. Para produtos de maior valor agregado, o país poderá se tornar competitivo. Só que há muito trabalho a fazer. Não temos, hoje, grandes investimentos aqui para vender a outros países. Mas o mercado brasileiro é formidável. O aumento do custo da mão de obra também é positivo. Significa que o poder aquisitivo está crescendo.

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