Cidades

Homens comuns encaram na pele o sofrimento de Cristo na encenação

Eles transmitem para os fiéis uma emoção sem igual que sentem ao viver papel tão sagrado

postado em 18/04/2014 07:02

Eles transmitem para os fiéis uma emoção sem igual que sentem ao viver papel tão sagrado

Dia de muita oração e reflexão para os cristãos em todo o mundo, como acontece todos os anos, a Sexta-feira da Paixão vai ser lembrada e celebrada em várias cidades do Distrito Federal. A emoção que toma conta dos fiéis também acompanha o personagem principal das encenações, os atores que interpretam Jesus. Depois de meses de ensaios, preparo físico e psicológico, é hora de vestir a bata branca e o manto vermelho para refazer os últimos passos de Cristo.



Ao longo do dia, em paróquias espalhadas pelo DF, homens de várias idades e de condições sociais distintas vão deixar de lado as atividades do dia a dia e seguir as 14 estações do caminho que levou Jesus à cruz. Seja em um evento pequeno, seja na maior e mais tradicional Via-Sacra da capital, a fé e o desejo de cumprir essa missão são os mesmos. Estreantes e veteranos são unânimes ao classificarem a experiência como indescritível. O Correio conversou com alguns homens escalados para reviverem o sofrimento de Cristo e conta agora um pouco das expectativas e da história de cada um.

Estreante em grande espetáculo

Marcelo Augusto Ramos, 26 anos

[SAIBAMAIS]Nascido e criado em Planaltina, o homem que hoje vai subir o Morro da Capelinha e encenar, pela primeira vez, as últimas horas da vida de Jesus é pura ansiedade. Desde pequeno, Marcelo Augusto acostumou-se a ir a pé da casa onde a família vive até o local para acompanhar a Paixão de Cristo. ;Não consigo traduzir em palavras a emoção que eu sinto. A via sacra é o ícone da evangelização;, conta. arcelo participa do evento há sete anos. Começou na equipe de apoio e, até o ano passado, foi soldado romano. Desde outubro, porém, prepara-se para interpretar o papel mais importante da via crucis, que completa 41 anos em 2014. O primeiro contato com os fiéis ocorreu nesta semana, durante a celebração do Domingo de Ramos. ;Foi lindo ver a fé nos olhos das pessoas. Elas me cumprimentavam, algumas chegaram a pedir bênção;, lembra, emocionado.

Entre as muitas cenas repetidas à exaustão, uma será vivida hoje pela primeira vez. ;Para mim, o momento mais maravilhoso é a ressurreição, que mostra a verdade da nossa religião, o Deus vivo;, acredita. O advogado, que está de casamento marcado para julho, conta que não foi fácil conciliar os preparativos com o trabalho e os ensaios. ;Com muita oração, fé e a presença de Deus, sabia que tudo daria certo.;

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