Cidades

Mãe que perdeu filhos desabafa: "vou guardar a imagem do sorriso deles"

'Quero que as autoridades façam o possível para não deixar esse cara livre de jeito nenhum porque ele é cruel, é frio', diz a mãe das crianças, Márcia Machado da Silva

TV Brasília
postado em 15/05/2014 21:01
A mãe dos dois irmãos de 13 e 9 anos carbonizados dentro de casa, em Ceilândia, Márcia Machado da Silva, 43, contou, em entrevista exclusiva à TV Brasília, as lembranças que vai guardar de Drielly e João Guilherme da Silva Santos. "A imagem que vou guardar dos meus filhos é o carinho que eles me davam, o sorriso." Ela e o pai das crianças, Waldir, ainda estão abalados com o crime que chocou o Distrito Federal nesta semana e agradeceram o apoio das pessoas que compareceram ao enterro, nessa quarta (14).


Márcia deu detalhes do comportamento do suspeito de atear fogo na casa, Rômulo Nascimento, artesão de 21 anos. "A primeira impressão que tive é que ele era um rapaz bom, educado", destacou a mãe das crianças. "A única coisa que observei foi que ele falava comigo olhando para cima do freezer, onde ficava o micro-ondas, e aí achei estranho", completa. Segundo Waldir, até a mulher dizer que o rapaz observava demais ele não havia percebido qualquer atitude suspeita de Rômulo. "Jamais ia imaginar que ele faria maldade com os meus filhos", diz.

O pai das crianças acredita que o suspeito do crime frequentava a casa para mapear o espaço. "No desenho [feito na delegacia para explicar o crime], o tablet está na posição que sempre ficava quando estava ligado no carregador. Ele desenhou até vasos de planta", diz. Waldir não tem dúvidas de que o crime foi planejado. "Ele premeditou tudo, fez tudo por etapas."

A mãe clama por justiça. "Ele é réu primário e o advogado pode querer achar uma brecha para deixar esse cara livre. Quero que as autoridades façam o possível para não deixar esse cara livre de jeito nenhum porque ele é cruel, é frio", desabafa Márcia.

Assista à reportagem da TV Brasília
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