Cidades

Em greve, policiais civis não vão registrar ocorrências durante 16 horas

Somente flagrantes, crimes de homicídio, latrocínio, estupro, sequestro relâmpago e remoção de cadáver devem ser registrados, segundo o sindicato

postado em 21/05/2014 12:20
Os policiais civis do Distrito Federal não vão registrar todas os boletins ocorrências nas delegacias nesta quarta-feira (21/5). A medida foi adotada devido a uma paralisação de 16 horas iniciada às 8h de hoje e que deve terminar à 0h.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis no DF (Sinpol), Renato Ricon, apenas flagrantes, crimes de homicídio, latrocínio, estupro, sequestro relâmpago e remoção de cadáver serão registrados durante o período da greve. Rincon disse que todos os agentes aderiram à paralisação, mas que 50% do efetivo vai operar nas delegacias para atender às demandas.

Os postos de identificação e Na Hora só funcionam para o atendimento preferencial - gestantes, idosos e deficientes físicos. Mesmo se a pessoa estiver com horário agendado para retirar a carteira de identidade hoje, não irá receber o documento. As visitas nas unidades prisionais canceladas também foram canceladas.

[SAIBAMAIS]Um dos pontos reivindicados pelo policiais é a reestruturação de carreira. "Queremos uma mudança no modelo arcaico de segurança pública e o reconhecimento do nível superior. As condições de trabalho são muito precárias", afirmou Rincon.



A categoria ainda quer o aumento do efetivo, hoje são seis mil policiais. "Há em andamento um curso para 1,2 mil policiais na academia, mas o governo alega que só empossará 300 agentes e 96 escrivães", reclama Celma Lima, secretária-geral do Sinpol.

Os agentes planejam fazer um ato na tarde de hoje na Esplanada dos Ministérios. Os 8 mil policiais - entre civis, militares, rodoviários e federeis - vão marchar do Museu Nacional de República até o Congresso Nacional.

Procurada, a Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom) informou que a "atividade policial é considerada serviço público essencial e que a entidade sindical deve comunicar à Administração Pública e aos cidadãos, com antecedência mínima de 72 horas da data prevista para início da paralisação, o que não ocorreu".

Segundo a Divicom, a Direção Geral da Polícia Civil determinou ainda que "as delegacias funcionem normalmente, sendo que no caso de algum cidadão não conseguir atendimento deve dirigir-se imediatamente ao delegado de plantão ou ao chefe da unidade para sanar tal situação, ressaltando que, caso ocorra, tal fato será imediatamente comunicado a Corregedoria da PCDF para as medidas cabíveis".

Com informações Guilherme Pera.

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