Cidades

Candidatos ao governo do DF respondem a perguntas de jornalistas

Cinco candidatos ao governo do Distrito Federal participam de debate e responderam a perguntas de jornalistas no primeiro bloco

postado em 02/09/2014 23:10


Em debate promovido pelo Correio e pela TV Brasília, na noite desta terça-feira (2/9), candidatos ao governo do Distrito Federal responderam a perguntas de jornalistas dos Diários Associados no primeiro dos quatro blocos do encontro.

Primeiro a falar no debate, Toninho do Psol respondeu à pergunta do editor-executivo do Correio, Carlos Alexandre, sobre como seria governar o Distrito Federal com dificuldade para montar uma bancada de peso na Câmara Legislativa. Em resposta, Toninho disse que a falta de força na Câmara não será impasse porque ele contará com a população, que saberá ;separar o joio do trigo; para pressionar a aprovação de projetos importantes. O candidato afirmou não se preocupar com a questão por confiar "na força do povo e na governabildiade exercida pela população".

;Tenho apresentado ideias fundamentais que só tem efetividade com participação popular, com povo organizado fazendo pressão sobre governo e sobre o parlamento. Tenho certeza que atrás de mim teremos um forte movimento social que espera por mudanças identificadas no programa que temos apresentado;, disse Toninho. Ele disse ainda que, caso eleito, fará uma auditoria no início do governo em todas as contas públicas para as pessoas saberem como está o estado e assim aprovar propostas prioritárias.

O candidato tucano ao governo do DF Luiz Pitiman foi o segundo a participar do debate. Ele foi questionado pela editora do caderno de Cidades do Correio Ana Maria Campos sobre como ele se apresenta na campanha como uma novidade no cenário político já que começou a vida pública há pelo menos 25 anos no Acre e participou do governo de Agnelo e Arruda no DF. Pitiman, em resposta genérica à pergunta, afirmou que, caso eleito, usará sua experiência na vida pública e privada para governar a capital e isso o diferenciará.

Pitiman já presidiu a Novacap e foi deputado federal. "A população quer alguém que seja ficha limpa, mas também que trabalhe, que possa executar. E essa minha experiência, na minha vida, seja em pequenos períodos na área pública e mais na iniciativa privada vai permitir que a gente consiga trazer a política diferente, que é uma mistura das boas experiências da iniciativa privada com as boas experiências que hoje desempenho na vida pública. Com certeza, a população vai entender essas diferenças e vai construir, junto conosco, as alternativas que apresentaremos", afirmou.

Terceiro a falar no encontro, o governador do DF Agnelo Queiroz (PT) respondeu à pergunta do jornalista da TV Brasília Carlos Capelli sobre a situação da segurança e saúde na capital e como ele poderia dar mais resultado nos setores em um segundo mandato. O petista reconheceu que é preciso melhorar muito a situação das áreas temas, mas disse estar se ;esforçando; para garantir investimentos. "Realizei grandes esforços e investimentos. Melhorei muito a área de saúde, mas sei que precisa melhorar muito mais, porque a situação era muito grave e mesmo com o grande investimento que fiz, melhorando a atenção primária, urgência e emergência, ainda falta muito e estou me esforçando para garantir justamente esses investimentos." Já sobre segurança pública, ele afirmou que a área teve melhorias "espetaculares" e que o número de homicídios, por exemplo, diminuiu. "Fiz mais que qualquer um em qualquer área", afirmou.

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Diante dos questionamentos na Justiça sobre sua candidatura e do afastamento do governo do DF em 2010, José Roberto Arruda (PR) foi perguntado pela colunista de Política do Correio Denise Rothenburg sobre as garantias de governabilidade que oferecerá, caso eleito. Quarto candidato a falar no debate, Arruda disse que não há provas sobre a acusação de improbidade administrativa pela qual foi condenado e que "há coisas estranhas no processo". "A garantia de governabilidade, primeiro, é que eu trabalho. Segundo é que em meu governo, em apenas três anos, fiz 2,3 mil obras que modificaram o cenário da cidade. Havendo trabalho e vontade política, haverá estabilidade. A Justiça vai se posicionar antes das eleições", afirmou.

Último a participar do primeiro bloco do debate o candidato do PSB ao governo, Rodrigo Rollemberg respondeu a pergunta feita pela repórter de Cidades do Correio Adriana Bernardes, que questionou como o pessebista pretendia se desvincular dos governos de Arruda e Joaquim Roriz se permitiu que o ex-governador do DF Rogério Rosso, que participou do governo de ambos, indicasse o candidato a vice na chapa do PSB em troca de mais tempo na televisão. "Como explicar isso ao eleitor", questionou Adriana.

Rollemberg afirmou que a aliança de partidos construída foi feita em torno do programa de governo do PSB, elaborado com a participação da sociedade civil, que terá papel fundamental em sua gestão, se for eleito. "Ouvimos mais de 2 mil pessoas, fomos conhecer o modelo de gestão de Eduardo Campos e teve apoio de consultores do Brasi competitivo para construir o programa de governo. E foi em torno desse programa que construímos uma aliança, entre o PSB o PDT, a Rede e o Solidariedade. Quero dizer que estou muito satisfeito com essa aliança", disse. "Viemos para mudar. Vamos fazer diferente", completou.

O debate promovido pelo Correio e pela TV Brasília aconteceu em quatro blocos. O primeiro destinado a perguntas dos jornalistas aos candidatos ao governo do Distrito Federal, escolhidas por meio de sorteio. O segundo e o terceiro são de embate entre os concorrentes, que podem questionar uns aos outros, sobre assuntos diversos, como saúde e educação. No último bloco, os participantes da corrida ao Palácio do Buriti podem fazer considerações finais.

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