Cidades

Moradores da 307 Sul temem a proliferação de doenças com aumento de ratos

A Gerência de Controle de Zoonoses estima que haja cerca de 8,5 milhões de indivíduos espalhados pelo Distrito Federal

Isa Stacciarini
postado em 28/11/2014 06:35
Segundo a Zoonoses, evitar jogar alimentos e lixo no chão é uma das medidas para conter o aumento dos ratos

Uma infestação de ratos tem tirado o sossego dos moradores da Asa Sul. Na SQS 307, especialmente atrás do Bloco J, em frente à W2, troncos de árvores se transformaram em tocas de ratazanas. Os roedores correm na área verde e brigam por comida. Eles costumam sair de cada um dos quatro ninhos pela manhã, ainda cedo, àprocura de comida, ou no fim da tarde. A cena causa asco à vizinhança e a quem passa pela rua. A proliferação dos bichos é tanta que as pessoas estimam que há pelo menos 60 animais no local.

;Em época de chuva, as galerias pluviais começam a encher, ocorre alagamento da rede subterrânea, e as ratazanas tendem a vir para a superfície. Por isso, há três semanas o número de demandas triplicou;, explica o chefe do Núcleo de Animais Sinantrópicos e Silvestres da Zoonoses, Ivanildo de Oliveira Correia Santos.

Restos de plantas mortas, contêineres de lixo, entulho, restos de materiais de construção e alimentos espalhados pelo chão atraem os animais. Mas a situação piorou nos últimos quatro anos, segundo os moradores. O tronco e as raízes de uma árvore cortada não foram retirados do local, onde uma moradora plantou um pé de bouganville e, desde então, o antigo caule se transformou em reduto de ratazanas. Outro ponto com presença de tocas dos bichos é a base da planta ora-pro-nobis, em frente ao bouganville.

As ratazanas saem do espaço, andam pelos fundos da quadra residencial, passam por valas no prédio e assustam moradores. Em dias ensolarados, os ratos ficam alvoroçados. No período chuvoso, eles se encondem. A consultora de organizações, Daisy Cadaval, 67 anos, sente-se incomodada com a presença dos roedores. Moradora da 307 Sul, há 30 anos, ela se preocupa com a possibilidade de transmissão de doenças. ;Os ratos são vetores de doença e conviver com os animais no fundo de casa assusta. Caminho por esse local todos os dias para fazer ginástica e a gente vê as ratazanas pulando a céu aberto. O problema está generalizado e precisa ser um item de política pública;, alerta.

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