Cidades

De videolocadora a foto analógica: eles mantêm vivos os negócios do passado

Empresários brasilienses ainda conseguem permanecer no mercado ao oferecer o charme do atendimento personalizado na era da internet

postado em 04/01/2015 07:34
Febre em décadas passadas, negócios antes movimentados perderam espaço com o avanço da tecnologia. Filas para disputar uma partida de fliperama ou alugar um filme na década de 1990 eram frequentes em casas de jogos e locadoras espalhadas pelo DF. As máquinas de escrever, por muito tempo, foram essenciais na vida de empresas e trabalhadores. Revelar filmes de máquinas fotográficas analógicas fazia parte do cotidiano das famílias, que se sentavam nos sofás para contar a história dos registros; tudo ao som de CDs comprados nas lojas exclusivas de discos.

Tais atividades estão praticamente extintas na capital do país, mas alguns empresários conseguem sobreviver. Mesmo tradicionais, eles procuraram inovar para manter a clientela exigente e fiel. Embora a maioria do público seja formada por pessoas mais velhas, há movimento de jovens interessados nos produtos e serviços retrôs. O analista de processos Diego Lima, 20 anos, é um exemplo. Já criado na época do famoso PlayStation, descobriu o prazer em passar horas em frente aos antigos jogos de fliperama. ;Tenho videogame em casa, mas confesso que o fliperama dá mais prazer.;

A paixão pela fotografia e o zelo pelo trabalho também movimentam a EBF Photomídia Digital, localizada na 302 Norte. Entre as 118 lojas de impressão fotográfica existentes na década de 1980, ela é uma das cerca de 20 que ainda resistem, mas a única que revela em preto e branco. O proprietário do local, Fernando Bezerra, 64 anos, credita o sucesso da marca ao atendimento personalizado e preocupado com a qualidade.

Com as videolocadoras não é diferente. Há mais de duas décadas, muitos clientes chegavam a colocar o nome em lista de espera para conseguir alugar o filme desejado. Com o surgimento e consolidação da tevê a cabo, da internet e dos vídeos por demanda, o movimento caiu. Cerca de 95% dos estabelecimentos fecharam as portas. Permaneceu no ramo quem se reciclou e conseguiu direcionar o produto. ;O cliente de locadora procura informação, produtos diferentes, comentários sobre determinado título. Temos que agregar, ser uma opção mais;, afirma um dos proprietários da Cia. do Vídeo, Dennys Nery, 43 anos.

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