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Capital caminha para se tornar polo de desenvolvimento de jogos eletrônicos

Nos últimos cinco anos, o setor tem crescido com rapidez no Distrito Federal e, atualmente, a capital conta com pelo menos 15 empresas do ramo

postado em 20/01/2015 07:08
O desenvolvedor Felipe Costa e os Bad Minions: o Lago Norte está virando um Vale do Silício candangoUm conto de terror centrado em uma geóloga e uma sombria ilha estrangeira. Um mundo fantástico, onde o protagonista precisa usar alquimia para desvendar intrigantes mistérios. Uma aventura divertida, na qual heróis e criaturas incríveis ganham vida graças à imaginação do jogador. Quando se pensa em indústria de videogames, dificilmente Brasília é a primeira referência que vem à cabeça. Isso, no entanto, pode estar mudando. Nos últimos cinco anos, o setor tem crescido com rapidez no Distrito Federal e, atualmente, a capital conta com pelo menos 15 empresas do ramo. Algumas, inclusive, ganharam prêmios internacionais e têm filiais no exterior. Armados de criatividade, os empreendedores candangos não perdem fôlego e, aos poucos, desbravam esse mercado promissor.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Informação do DF (Sinfor), Jeovani Salomão, a expansão da indústria de games local está em sintonia com os principais mercados do planeta. ;Até um tempo atrás, o ramo não era levado muito a sério. Hoje, o faturamento do setor no mundo é maior que o do cinema e o da música. Isso se reflete em nosso país;, avalia. O que falta para essa indústria deslanchar é incentivo governamental, aponta Salomão.



O mercado brasiliense tem uma série de particularidades. É comum que os empreendedores criem aplicativos e jogos por demanda. Fundada em 2012, a Fira Soft atua nesse nicho. ;Produtos encomendados são nosso ganha-pão, mas levamos adiante projetos autorais paralelamente;, explica o diretor da empresa, Igor Rafael de Sousa, 25 anos, formado em ciências da computação pela Universidade de Brasília (UnB). Atualmente, a Fira Soft conta com 15 funcionários, gerencia um escritório virtual no Canadá e está desenvolvendo o jogo de terror Kriophobia para computador e consoles, grande aposta da marca. Quando o produto estiver pronto, a ideia é vendê-lo para uma financiadora internacional, como a Steam.

Lançar-se numa carreira tão específica não é decisão fácil. Porém, as chances de sucesso existem. A Behold Studios, fundada em 2009, é uma das mais conceituadas empresas do ramo na região e, atualmente, trabalha apenas com projetos autorais. O carro-chefe é o jogo para celular e PC Knights of pen and paper, uma versão digital de um role-playing game (RPG) ; jogo em que os participantes inventam um enredo e assumem papéis segundo regras preestabelecidas. O game ganhou mais de 30 prêmios e passou a marca de 1 milhão de downloads.

A Behold é responsável por game com mais de 1 milhão de downloads

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