Cidades

Moradores tentam impedir obras de hidrelétricas na Chapada dos Veadeiros

Pela preservação do pato-mergulhão, moradores e pesquisadores pedem que obras de hidrelétricas sejam interrompidas

Renato Alves, Ailim Cabral
postado em 02/02/2015 06:17
O ecoturismo nas regiões de Alto Paraíso poderia ser afetado negativamente, segundo especialistas

Em meio à crise energética nacional, ambientalistas e moradores da região da Chapada dos Veadeiros tentam impedir a construção de 22 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). O projeto inclui seis localidades vizinhas à reserva, sendo três destinos turísticos: Alto Paraíso, São João D;Aliança e Cavalcante. Além de deslocar habitantes de antigas vilas, as obras colocam em risco o pato-mergulhão, uma das espécies de ave aquática mais ameaçadas das Américas. O alerta parte de pesquisadores de instituições goianas e brasilienses. O Ministério Público de Goiás (MPGO) já se posicionou contrário ao projeto.

A mobilização da sociedade teve início no ano passado, quando a Rialma S/A apresentou, em audiências públicas, um projeto para a construção de 22 PCHs na bacia integrada do Rio Tocantinzinho. Algumas delas em pontos que afetam diretamente o pato-mergulhão (leia Para saber mais). À época, o MPGO deu o parecer desfavorável ao plano das Centrais Elétricas Rio das Almas (Rialma S/A). A empresa fez novos estudos e descartou 18 hidrelétricas. As seis restantes estão sob análise da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura, Cidades e Região Metropolitana. Mesmo com a redução, pesquisadores afirmam que a ameaça continua.

Para enterrar de vez o projeto, cientistas e ambientalistas organizam um abaixo-assinado virtual, com o intuito de reunir 500 assinaturas. O grupo pretende enviar a petição eletrônica à presidente Dilma Rousseff (PT), à ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, e ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

O coordenador do programa Cerrado-Pantanal, da ONG ambientalista WWF Brasil, Júlio César Sampaio da Silva, ressalta que a Chapada é um dos últimos refúgios do pato-mergulhão no Brasil. Os outros são a Serra da Canastra (MG) e o Jalapão (TO).

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