Cidades

Diversificar o setor produtivo é a solução para o DF sair da crise

Especialistas apontam que o DF precisa apostar em áreas como tecnologia, logística, agricultura e previdência complementar para arrecadar mais e gerar renda e emprego

Flávia Maia
postado em 09/02/2015 06:15
Especialistas apontam que o DF precisa apostar em áreas como tecnologia, logística, agricultura e previdência complementar para arrecadar mais e gerar renda e emprego

A crise financeira que vive o GDF evidencia a necessidade urgente de aumentar a arrecadação local para manter os crescentes gastos com a máquina pública. A taxa média de desemprego em 11,7% ; a terceira mais alta entre as regiões metropolitanas brasileiras ; e de 26,4% entre os jovens de 16 a 24 anos também é uma preocupação do governo e da sociedade. Especialistas são unânimes em afirmar que a capital precisa, de maneira emergencial, diversificar a matriz produtiva para conseguir manter o equilíbrio na geração de renda e emprego local.

Assunto recorrente entre os últimos governos, as instituições de ensino e os setores econômicos, a vocação produtiva da cidade está novamente em xeque. Se a administração pública é o principal vetor econômico, é hora de pulverizar essa excessiva dependência. ;Se não aparecer uma política eficaz para o setor econômico, daqui a quatro anos, a gente vai estar com um deficit acumulado maior do que o atual e com os mesmos problemas financeiros, discutindo de novo a importância de diversificar matriz;, defende Jamal Jorge Bittar, presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra).

A necessidade de diversificação da matriz econômica do Distrito Federal não é uma discussão recente. Por isso, quando o assunto é colocado em pauta, há um ar de descrença no empresariado. O professor do departamento de economia da UnB Jorge Madeira Nogueira defende que as administrações do governo do DF não conseguem fazer uma real política de desenvolvimento econômico. ;Enquanto os gestores públicos acreditarem que diminuir imposto e dar lote é política econômica, nada vai mudar. É preciso pensar em longo prazo. Palo Alto, nos Estados Unidos, não virou o Vale do Silício da noite para o dia. Temos que formar os nossos empreendedores;. José Kobori, professor de finanças públicas do Ibmec no DF, explica que a canetada do Estado sem participação do setor produtivo não é suficiente. ;Em uma economia liberal, a necessidade vem muito do próprio mercado. Cabe ao empreendedor identificar nichos e vocações;.

Com o desafio de mudar o marasmo produtivo local, o novo secretário de Economia e Desenvolvimento Sustentável, Arthur Bernardes, afirma que a pasta fará estudos para direcionar as políticas públicas e evitar erros. Conversas com o setor produtivo também serão realizadas. ;Nosso desafio é recuperar a confiança institucional do governo com os empresários. A gente sabe também que vamos procurar uma indústria limpa e tecnológica para o DF;, afirma.

SETORES COM FORÇA DE INVESTIMENTO NO DF

; Tecnologia da informação
; Biotecnologia
; Indústria de mecânica de precisão
; Bolsa de commodities agrícolas
; Fundos de previdência complementar
; Polo logístico

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