Cidades

Famoso garçom do Beirute, Cícero vai deixar o bar após 38 anos de trabalho

Por ordens médicas, o garçom que se tornou figura cultural da cidade vai parar de servir à fiel clientela. A data da despedida já está agendada: 28 de junho

postado em 24/04/2015 06:06

Quem é ele
Cícero Rodrigues Santos
65 anos
Paraibano
Casado
Quatro filhos e uma neta
Há 38 anos garçom do Beirute



O paraibano conquistou cada pessoa que serviu nessas quase quatro décadas:

Juscelino Kubitschek, Oscar Niemeyer e Lucio Costa estão marcados em cada palácio de Brasília e terão seus feitos eternizados nos registros da construção da capital. Outras pessoas, velhas conhecidas nos bares, nas ruas, nas entrequadras da cidade, não farão parte dos livros de história, mas ajudam a construir o cotidiano da capital e a identidade brasiliense. O paraibano Cícero Rodrigues Santos, 65 anos, é desses. Há 38 anos servindo à fiel clientela do Beirute, ele se tornou o garçom mais conhecido da cidade, a ponto de ser confundido com o próprio estabelecimento em que trabalha. Depois de quase quatro décadas de labuta e amizades, Cícero vai se aposentar.

Leia mais notícias em Cidades

A decisão, porém, não partiu do garçom. Convivendo com fortes dores na coluna e nos ombros de tanto carregar bandeja e encher copos de cerveja, o médico recomendou ao paraibano, no ano passado, que ele antecipasse a aposentadoria. A despedida não será fácil. Afinal, durante todos esses anos, Cícero nunca pensou em mudar a rotina. ;O Beirute é minha vida, mas, infelizmente, a saúde não me deixa continuar trabalhando. Não imagino acordar e não vir para o restaurante. Vai ficar um vazio dentro de mim;, lamenta.

[VIDEO1]

Além da própria vontade de seguir no boteco, os patrões não querem deixá-lo ir embora. No ano passado, Cícero bem que tentou se aposentar, mas o chefe pediu para que ele ficasse mais alguns meses. A despedida estava marcada para 3 de maio. Mais uma vez, no entanto, cedeu aos apelos do dono e prorrogou a saída. ;Agora é definitivo: 28 de junho será meu último dia. É difícil, mas não posso mais adiar. Só consigo trabalhar sob efeito de medicamento, de tanta dor que sinto. Preciso fazer um tratamento sério para minha doença nas articulações;, conta.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação