A nova faixa de trânsito compartilhada para bicicletas e automóveis que contorna o Parque da Cidade tem causado polêmica entre ciclistas e motoristas. No primeiro dia útil desde que a medida entrou em vigor, vários adeptos da bike reclamaram de faltas de respeito por parte dos condutores. Alguns, inclusive, preferiram continuar circulando pelas ciclovias internas do parque, por segurança. Entre as 6h e as 8h, os ciclistas competidores de alto rendimento têm prioridade na pista. A pouca e confusa sinalização foi a principal causa das queixas. Ontem, inclusive, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal precisou corrigir os sinais horizontais. No fim da semana, tinha sido desenhado um homem de capacete andando de bicicleta ; o que, para muitos, mais lembrava um motociclista.
Para tentar resolver a questão, o órgão voltou a pintar as sinalizações horizontais com o desenho seguindo o padrão tradicional. ;Ficou melhor agora, mas ainda acho que seria bom colocar alguns letreiros luminosos para chamar mais a atenção;, pontuou a nutricionista Júlia Gurgel, 23 anos, que começou a praticar ciclismo há alguns meses. De acordo com o Detran, foram instaladas 34 placas de advertência ao longo da faixa interna do Parque, a cada 400m, e também nas entradas e nas saídas de estacionamento.
Além da confusão causada pelo desenho, muitos ciclistas reclamaram de que a quantidade de placas e marcações na pista não é suficiente e traz insegurança para quem está na bike. ;Do jeito que foi feito no Eixo Monumental, por exemplo, com pintura vermelha, fica muito mais claro para os motoristas;, sugere a professora Arlete de Menezes, 44 anos, que treina no Parque da Cidade com frequência. O militar Halley de Faria Oliveira, 46, preferiu nem se arriscar a pedalar na faixa compartilhada e se exercitou na ciclovia antiga. ;A movimentação dos carros é muito grande e têm acontecido muitos acidentes com ciclistas. Não confio.;
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