As investigações envolvendo ações de grupos de extermínio em Goiás serão acompanhadas pelo gabinete do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Os casos de tortura, homicídio e desaparecimento forçado, com vítimas, na maioria dos casos, de pessoas em situação de rua ou usuários de drogas, foram praticados com a participação de agentes públicos, no período de 2005 a 2012.
[SAIBAMAIS]Janot pediu a apuração de oito casos específicos pela Justiça Federal por apresentarem características de violência policial institucional e uma demora excessiva na investigação ou andamento dos processos. Com a decisão, os processos passam a ser conduzidos pela Justiça Federal em Goiás.
Em Goiás, os casos são acompanhados pelos procuradores da República Raphael Perisse Rodrigues Barbosa, coordenador do Grupo de Controle Externo Policial (GCAP) da Procuradoria da República em Goiás, Mario Lucio de Avelar e Bruno Baiocchi Vieira.
Perisse explicou que cada procurador está responsável por um caso e que todos já possuem inquérito da Polícia Federal. ;Estamos em constante contato com os delegados, acompanhamos as diligências e filmamos oitivas", exemplificou. Segundo ele, ;esses casos são antigos e estamos trabalhando para dar uma resposta à sociedade o mais rápido possível. A previsão é que em três ou quatro meses os casos já estejam adiantados;.
Memória
A ação criminosa foi denunciada em série de reportagens do Correio Braziliense publicada desde 2009. Entre as vítimas da quadrilha formada por policiais militares de diversas patentes estão crianças, adolescentes e mulheres sem qualquer envolvimento com a prática de crimes.