Cidades

Suspeita de bomba isola área em frente ao Palácio do Planalto

postado em 24/06/2015 15:24

As vias que dão acesso ao Palácio do Planalto na Praça dos Três Poderes ficaram bloqueadas durante cinco horas nesta quarta-feira (24/6). Uma suspeita de bomba mobilizou homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) depois que duas mochilas e uma mala foram deixadas diante da rampa do Palácio, na parte externa à grade que o cerca. O local ficou isolado de 15h30 até 20h30. Por volta de 20h10, os volumes foram detonados e a suspeita de explosivos finalmente descartada.

O esquadrão de bombas analisou o material por meio de raio-x com a ajuda de robôs. Em duas das mochilas, os especialistas verificaram que havia objetos pessoais, como itens de limpeza e livros. A polícia não conseguiu, contudo, identificar o que havia dentro da terceira sacola, mas descartou indícios de ;artefatos (explosivos) tradicionais;. Seguindo o protocolo, os homens do Bope tentaram abri-la com a ajuda de robôs, mas não conseguiram. Por esse motivo, seguiram com a suspeita de que pudesse haver uma bomba na mochila e decidiram fazer a ;explosão controlada; das sacolas. As mochilas foram detonadas no estacionamento do Espaço Cultural Oscar Niemeyer.

Durante a tarde, a área foi isolada em um raio 25 metros. O Bope foi acionado por volta das 15h por seguranças do Planalto, que observaram os objetos no local desde 12h. ;A detonação controlada para abertura das mochilas faz parte de um protocolo de segurança. Chegamos a esse ponto porque esgotamos os demais. Não conseguimos abrir utilizando as pinças do robô e o raio-x não é 100% conclusivo. Ellimina boa parte das possibilidades, mas não todas, como a explosão;, explicou o capitão do esquadrão de bombas, Eduardo Matos.

Ele informou que câmeras de segurança do Congresso Nacional mostraram um homem deixando as mochilas no local e seguindo para uma parada de ônibus próxima. Os robôs usados durante a operação foram comprados na época da Copa das Confederações. ;Eles tem três câmeras que orientam o movimento, a condução, a pinça para abertura;, disse. Segundo Matos, se houvesse bombas nas mochilas, a explosão atingiria o edifício do Palácio do Planalto e o danificaria. ;As bolsas tinham capacidade para ter grande quantidade de explosivos;, afirmou. Durante boa parte da operação, no entanto, a presidente Dilma Rousseff seguiu em seu gabinete no Palácio. Ela foi embora às 20h.

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República informou que "os trabalhos técnicos terminaram por volta das 19h30 e a PMDF informou que não foram encontrados objetos que pudessem causar riscos de natureza pessoal ou material".

O material suspeito foi levado para as proximidades do Panteão por considerar o local mais seguro para a explosão controlada. Acionados por volta das 15h, dois carros do Bope foram até o local, em uma operação que contou com 12 agentes. As mochilas foram periciadas pela Polícia Civil no próprio local da explosão, e depois seriam levadas a uma delegacia. Foram encontrados documentos nas malas, que serão analisados.

A área foi totalmente isolada, mas Servidores do Judiciário e do Ministério Público da União conseguiram chegar próximos aos itens suspeitos, furando o bloqueio e empurrando a grade. A polícia dispersou os manifestantes lançando gás de pimenta. Por volta das 17h30, outro grupo, da Marcha da Maconha, começou a chegar à Esplanada, ficando próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF).O trânsito nas proximidades da Praça dos Três Poderes foi interrompido durante cinco horas e meia nesta quarta-feira (24/6). Uma suspeita de bomba mobilizou homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) depois que três mochilas foram deixadas diante da rampa do Palácio do Planalto. O esquadrão de bombas analisou o material, descartou "artefatos (explosivos) convencionais" e removeu as mochilas para gramado próximo ao Panteão da Pátria, onde o material foi detonado, por protocolo, por volta de 20h10. O fluxo de carros foi regularizado apenas às 20h30.

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