Cidades

"Agnelo é réu e já foi condenado pela população", rebate Rollemberg

Governador responde críticas feitas por Agnelo Queiroz em entrevista ao Correio. Atual gestor afirmou que o povo do Distrito Federal condenou a administração do petista nas urnas. E reitera que o antecessor deixou rombo de R$ 3 bilhões nos caixas do Buriti

postado em 24/08/2015 06:03

Governador responde críticas feitas por Agnelo Queiroz em entrevista ao Correio. Atual gestor afirmou que o povo do Distrito Federal condenou a administração do petista nas urnas. E reitera que o antecessor deixou rombo de R$ 3 bilhões nos caixas do Buriti

Um dia depois de o ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) afirmar que sua gestão ainda será reconhecida, mesmo com os processos em que é réu, o atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB) rebateu as críticas e acusações feitas pelo antecessor. O chefe do Executivo disse ao Correio que Agnelo já foi avaliado pelos brasilienses na urna. ;Agnelo é réu e já foi condenado pela população. Agora, a população aguarda a condenação pelo Tribunal de Justiça e pelo Tribunal de Contas do DF;, disse o governador. Mais uma vez, o GDF reiterou o rombo nos cofres públicos de mais de R$ 3 bilhões deixado pelo petista.

;O Agnelo dizer que havia recursos não é somente algo ilógico, mas desafia as leis do bom- senso. Como ele tinha esse dinheiro e não pagou as dívidas? É uma demonstração de desrespeito à opinião pública;, afirma a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão do Distrito Federal, Leany Lemos. Entre outubro e fevereiro, Brasília viveu um longo período de greves em diferentes setores, como educação, saúde e transporte.

Para o ex-governador, o clima de pessimismo foi criado pela atual gestão. ;Para dar sequência à mentira, foi preciso criar na cidade um clima de derrotismo, de jogar a economia para baixo, de afastar investidores. A cidade está completamente parada...;, disparou Agnelo Queiroz em entrevista publicada na edição de ontem.

Logo que assumiu o comando do Buriti, Rollemberg tomou ciência de que o deficit deixado pela gestão anterior era muio maior do que o imaginado. ;Houve um colapso do Estado. O que foram os últimos três meses do governo Agnelo? Entramos em janeiro e tivemos que pagar 13;, férias e salários atrasados e resolver contratos interrompidos;, relembra Leany.

Estratégia


Para a secretária, as acusações do ex-governador fazem parte da estratégia de defesa de alguém que foi denunciado pelo Ministério Público em quatro ações. Na opinião dela, o julgamento das contas é um embate entre duas teses ; os números que a equipe de Rollemberg têm apresentado desde que assumiu o poder e os argumentos do petista. ;É um movimento natural. Ele está sendo acusado de um crime. Deixar despesa sem ter fluxo financeiro vai contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Quem somos nós para enganar auditores do Tribunal de Contas?;, diz Leany, ao contestar afirmação de Agnelo de que há erros ;gravíssimos; na fiscalização feita pela Corte.

A secretária comentou também que muito dinheiro se perdeu no governo passado. ;Alguns recursos tivemos que retornar para a União, porque os contratos precisavam de renovação em dezembro, mas não foram feitos;, exemplifica. Com relação aos empréstimos citados por Agnelo, a secretária explica que esses são procedimentos demorados que não foram concluídos porque, perante o governo federal, o GDF se tornou mau pagador. ;Tivemos de fazer um mutirão para resolver esses débitos;, justifica.

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