Cidades

Fardados e exibindo escopetas, militares do Exército dançam funk em palácio

Com música que incita a violência, o uso de drogas e até o estupro, o vídeo caiu nas redes sociais e tem causado constrangimento à corporação

postado em 27/08/2015 09:02
Um grupo de militares do Exército Brasileiro decidiu dançar funk, em uma das residências oficiais da Presidência da República, com fardas e armas pesadas em punho. Eles estavam em horário de expediente. O vídeo, gravado na área externa, em um gramado em meio à vegetação do cerrado, é compartilhado na internet e tem causado constrangimento à corporação.
A letra da música em questão tem conteúdo pornográfico e violento, exaltando o uso de drogas ilícitas, os bandidos que controlam as favelas cariocas e até a prática do estupro.

Os cinco militares nas imagens pertencem ao 1; Regimento de Cavalaria de Guarda. Eles fazem parte da segurança presidencial e são mais conhecidos como Dragões da Independência. Ao ritmo de um funk intitulado Muito louco de balinha, com letra maliciosa, os militares colocam as armas em punho e as engatilham várias vezes.

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Na sequência, diversos projéteis caem ao chão, como se estivessem fazendo disparos. A ;balinha; que dá nome à música e é repetida exaustivamente no refrão em uma referência a algumas drogas sintéticas, conhecidas como ;bala;.

O vídeo foi gravado em 2014 e os soldados expulsos do Exército. De acordo com a corporação, "um procedimento administrativo foi aberto para apurar os fatos". Em nota, o serviço de comunicação da força armada informou ter concedido o direito de ampla defesa e contraditório aos envolvidos. "Eles foram excluídos das fileiras do Exército, a bem da disciplina, devido a gravidade de seus atos, de acordo com a legislação vigente", esclarece um dos trechos do documento.

Hino Nacional

Não é a primeira vez que soldados aparecem dançando funk em frente às câmeras. Em 2011, nove soldados do Rio Grande do Sul apareceram em um vídeo fazendo coreografias ao som de uma versão do Hino Nacional, dentro do quartel. Eles foram condenados a prestar serviços comunitários e acusados de crime contra símbolo nacional.

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