Cidades

Última fase de julgamento do Massacre da Estrutural continua no sábado

Nove policiais militares são acusados de três homicídios, uma tentativa de homicídios e lesão corporal, crimes que teriam ocorrido durante uma desocupação na região, em 1998

postado em 28/08/2015 21:47
A última fase do julgamento dos réus do Massacre da Estrutural, que teve início às 9h desta sexta-feira (28/8), não foi concluída e deverá se estender ao longo deste sábado (29/8). Nove policiais militares são acusados de três homicídios, uma tentativa de homicídios e lesão corporal, que teriam ocorrido durante uma desocupação na região, em 1998. Nessa etapa, a acusação e a defesa têm o direito à réplica e à tréplica.

O juiz da sessão havia estipulado o prazo de nove horas tanto para a acusação quanto para a defesa. A acusação usou pouco mais da metade do tempo previsto e encerrou a fala por volta das 14h. O júri foi então retomado às 15h30, com as argumentações das defesas dos réus. Após o fim da sessão, o juiz estipulou prazo para a réplica e a tréplica. Só então, os jurados serão encaminhados para a sala secreta, onde, após responderem aos quesitos propostos, decidirão pela condenação ou absolvição dos policiais militares.

Dos 12 acusados inicialmente, restaram 10, pois um morreu e outro foi impronunciável. Desses 10, um teve o processo desmembrado e o último está sendo julgado a revelia, pois não compareceu ao julgamento.

Entenda o caso
Em agosto de 1998, os PMs Daniel de Souza Pinto Júnior, Luiz Henrique Fonseca Teixeira, Carlos Chagas de Alencar, Rodrigo Moreira de Souza, Antônio da Costa Veloso, Francisco Alves de Lima, Vangelista Pereira de Sousa, Cássio Marinho, Márcio Serra Freixo e Eduardo Araújo de Oliveira, a serviço da corporação, teriam praticado os crimes. Moradores da Estrutural à época afirmam haver mais dezenas de mortes e de pessoas com sequelas provenientes da truculência dos policiais.

Todos os crimes teriam sido cometidos durante a Operação Tornado. Inicialmente anunciada como ação policial de combate à falta de segurança na Estrutural, a intervenção foi considerada criminosa pelo Ministério Público. E teve como motivação vingança. PMs teriam se reunido para compensar a morte de um colega da corporação, assassinato com um tiro por um dos moradores da região. Aproximadamente 1,5 mil policiais militares participaram da operação.

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