Cidades

Deputados rejeitam em plenário da Câmara Legislativa aumento do IPTU

Distritais aprovam quatro projetos de arrecadação, mas vetam a atualização da base de cálculo do imposto territorial e nas taxas de iluminação e limpeza públicas. Dilma comparece pela primeira vez à sede do governo local

postado em 07/10/2015 06:05
Uma semana antes do anúncio da reforma administrativa, o GDF conseguiu aprovar quatro projetos na Câmara Legislativa ; três deles parte do amargo pacote de impostos ; e deve arrecadar cerca de R$ 242 milhões a mais em 2016 com a aprovação das medidas. Os deputados optaram, no entanto, por rejeitar em plenário a atualização na base de cálculo do IPTU e os reajustes da Contribuição sobre Iluminação Pública (CIP) e Taxa de Limpeza Pública (TLP). Consequentemente, aumentos nessas três taxas só poderão ser propostos a partir do ano que vem ; o que significa, aproximadamente, R$ 166 milhões a menos no orçamento. Apesar de não considerar publicamente uma derrota, secretários afirmaram que devem compensar essas reprovações com cortes de despesas do Executivo.

Sessão também foi marcada por debates, como o dos conselhos tutelares

Os distritais fizeram questão de celebrar as reprovações em plenário. Celina Leão, presidente da Casa, foi taxativa: ;Não se fala mais em IPTU em 2016;. Segundo ela, o imposto, a TLP e a CIP são projetos que impactam ;com muita brutalidade o bolso do contribuinte;. ;Nós tiramos os três projetos que mais pesariam para o cidadão. Agora, cabe ao GDF acelerar as medidas contra a burocracia;, afirmou. Chico Vigilante (PT), um dos que discutiram a rejeição das matérias com o governador, citou o impacto. ;IPTU, TLP e CIP são pagos pela população toda. Aumento de bebida, por exemplo, alcança só quem bebe. A articulação que fizemos, desde o início do ano, foi de livrar a população da ganância do governo;, disse. Quanto ao aumento no imposto sobre doações e heranças, o ITCD, apesar da aprovação, o que passou pelo crivo foi um substitutivo da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças. Agora, aumenta-se a taxa apenas para movimentações acima de R$ 1 milhão. E o valor máximo será de 6%, e não 8%, como queria o GDF ; com isso, a arrecadação deve cair de R$ 33 milhões para R$ 10 milhões.



Para o secretário de Relações Institucionais e Sociais, Marcos Dantas, o Executivo não recuou, nem sofreu derrota com a reprovação das medidas. ;No fim das contas, ganham a população, a Câmara e o governo. Política é negociação: cede-se aqui e ganha-se ali. Foi o que aconteceu;, disse. Apesar do discurso, o Orçamento enviado à Câmara contava com a aprovação de todos os projetos do pacote amargo anunciado pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) em 15 de setembro. ;Os valores do IPTU, da TLP e da CIP serão corrigidos pela inflação. Isso significa que deixaremos de arrecadar cerca de R$ 120 milhões em 2016;, afirmou o secretário da Fazenda, Pedro Meneguetti. ;Vamos ter que cortar despesas para garantir essa quantia;, continuou. Ao se juntar os três projetos rejeitados e a diminuição no ITCD, são R$ 166 milhões que o GDF correrá atrás.

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