Cidades

Conselho cobra da Unesco posição sobre construção da quadra 500 do Sudoeste

Carta elaborada pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios é enviada à Unesco com uma série de críticas sobre a construção de quadra residencial no Sudoeste. O Tribunal de Contas autorizou o empreendimento há 5 dias

Luiz Calcagno
postado em 13/10/2015 06:04
O comitê brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos ; Brasil) cobrou da Unesco, por meio de uma carta, posicionamento sobre a autorização de construção da Quadra 500, no Sudoeste. O Icomos é uma associação civil, não governamental, criada em 1964 e com sede em Paris. É ligada à Unesco e, juntas, propõem o que receberá título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Para a entidade, o projeto da superquadra é considerado uma das ameaças mais graves ao conjunto urbanístico, arquitetônico e paisagístico de Brasília, considerado Sítio do Patrimônio Mundial da Humanidade, de acordo com a Unesco.

Carta elaborada pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios é enviada à Unesco com uma série de críticas sobre a construção de quadra residencial no Sudoeste. O Tribunal de Contas autorizou o empreendimento há 5 dias

O pedido surge cinco dias após o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) autorizar o começo das obras. E recebeu o apoio de entidade representativas do setor. O presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF), Paulo Muniz, avalia que ;a área tem uma boa estrutura, que pode ser muito bem aproveitada;. Segundo ele, a briga de construtoras com a população e as entidades ligadas à preservação histórica são ;assunto antigo;. A decisão do Tribunal de Contas, completou Muniz, ;atesta a aptidão do lugar para ser habitado;.



A carta do comitê foi elaborada por três arquitetas do Icomos no DF e aponta problemas ambientais, jurídicos e urbanísticos que afrontam a proteção da cidade. Sustenta, ainda, que existem ações na Justiça que colocam à prova a regularidade da obra, como a permuta do lote entre a Marinha e a construtora responsável.

Segundo Romina Capparelli, uma das responsáveis pela elaboração da carta, o primeiro e mais importante ponto a ser levantado é a questão do compromisso com a Unesco. Quando foi feita a inscrição da cidade na lista da organização como patrimônio mundial, não existiam sequer os planos em torno da SQSW 500. ;Na planta, não tinha a previsão. E isso foi um compromisso firmado com a Unesco, ou seja, prometeram proteger e manter uma questão, que, agora, querem liberar, agindo diferentemente do que foi assumido anteriormente;, queixa-se.

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