Cidades

Tucanos se instalam no tronco de árvore e se tornam a alegria da 415 Norte

O ritual é o mesmo há três anos, entre agosto e novembro. Gente de todo o DF vai lá só para observar as espécies, que não costumam aparecer na cidade

Caroline Pompeu - Especial para o Correio
postado em 10/11/2015 06:23
Os filhotes (E) e o casal adulto fazem a festa dos moradores: hábitos peculiares

Há três anos, de agosto a novembro, a quadra residencial 415 Norte conta com uma atração que encanta os moradores: um casal de tucanos faz seu ninho em um buraco no tronco de uma árvore ao lado do Bloco H. Ao redor, os dois filhotes, que aprenderam a voar no último fim de semana, ocupam os galhos. Os pais ficam à espreita. A coloração e o som dos pássaros chamam a atenção de todos que passam por ali: moradores, fotógrafos, amantes das aves e curiosos transformam o local em ponto de encontro e, até mesmo, aprendem sobre os hábitos dos animais pela observação.

A aposentada Vanda Negreiros Pinto, moradora do bloco, assiste de camarote, da janela do apartamento, ao casal de pássaros trazendo comida para o filhotinho que ainda está no ninho. Ela tem uma vista privilegiada porque a árvore em que os tucanos se instalaram fica bem em frente a seu prédio e na altura de sua janela. Dona Vanda já sabe: depois das 14h, é possível flagrá-los melhor. E, depois de observar os hábitos do casal, sabe até ensinar. ;O macho faz tudo o que a fêmea faz. Quando a mãe sai para comer, o pai fica chocando os ovos e cuidando dos filhotes. Eles também são muito carinhosos. O casal de tucanos se beija, se bica, é um amor só. Observar os tucanos é meu passatempo predileto, a natureza é muito perfeita.;



Dona Vanda tem uma visão privilegiada dos tucanos, em frente à sua janela

A quadra conta com várias espécies de pássaros: beija-flores, curicacas, sabiás, joões-de-barro, entre outros, mas, no meio deles, as aves de penugem preta e branca e bico amarelo alaranjado com a pontinha preta se destacam. A aposentada Sueli Braga gosta de passear na área verde perto do bloco e se sente privilegiada por poder conviver com a espécie rara. ;Eles começam em agosto a revoada; naquele mês, já os ouvi cantando. Nascem os filhotinhos e eles têm muito cuidado. Quando a gente se senta nos bancos da quadra, eles ficam desesperados, voam até pertinho da gente, bem baixinho, para defender os filhotes;, disse.

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