Cidades

GDF "repudia ações de perseguição" após incêndio em templo de candomblé

O governador Rodrigo Rollemberg ligou para a coordenadora da Rede de Saúde Afrodescendente (Renafro), Adna Santos de Araújo, conhecida como Mãe Baiana, para prestar toda solidariedade

postado em 27/11/2015 17:21

Após o barracão do templo Axé Oyá Bagan, de religião de matriz africana, ter sido incendiado na madrugada desta sexta-feira (27/11), no Núcleo Rural Córrego do Tamanduá, entre as regiões do Lago Norte e do Paranoá, o Governo do Distrito Federal (GDF) se pronunciou por meio de nota oficial e repudiou o ocorrido. "O GDF repudia ações de perseguição, violência ou tentativa de cerceamento do direito constitucional de liberdade de crença religiosa e lamenta os danos materiais e imateriais gerados pelo incêndio", escreveu.

Barraco dentro do terreno onde funciona o templo religioso ficou destruído

Segundo a produtora cultural Marta Carvalho, 44 anos, duas pessoas dormiam no local quando começaram a ouvir estalos. Em seguida, perceberam que tratava-se de um incêndio. Testemunhas contam que o fogo se alastrou rapidamente pela estrutura de madeira. "Perdemos tudo que estava lá dentro, inclusive as imagens", relatou Marta.



O Corpo de Bombeiros foi acionado. Uma equipe da corporação atuou até a extinção das chamas. Ninguém se feriu. Os militares fizeram perícia no local. O resultado do laudo deve sair em 30 dias.

O governador Rodrigo Rollemberg ligou para a coordenadora da Rede de Saúde Afrodescendente (Renafro), Adna Santos de Araújo, conhecida como Mãe Baiana, para prestar toda solidariedade. Rollemberg determinou ao diretor da Polícia Civil, Eric Seba, que as investigações sobre as causas do incêndio e a identificação dos responsáveis sejam tratadas como prioridade.

Confira a nota do GDF na íntegra:

O Governo de Brasília repudia ações de perseguição, violência ou tentativa de cerceamento do direito constitucional de liberdade de crença religiosa e lamenta os danos materiais e imateriais gerados pelo incêndio no Templo Axé Oyá Bagen (Casa da Mãe Baiana), na madrugada de hoje (27), no Paranoá.

O governador Rodrigo Rollemberg ligou para Adna Santos de Araújo, coordenadora da Rede de Saúde Afrodescendente (Renafro), conhecida como Mãe Baiana, para prestar toda solidariedade.

A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de intolerância religiosa e prevê pena para o crime de discriminação. O governador determinou ao diretor da Polícia Civil, Eric Seba, que as investigações sobre as causas do incêndio e a identificação dos responsáveis sejam tratadas como prioridade.

O governo entende que a defesa das religiões permeia a construção de uma sociedade igualitária, em que os cidadãos possam exercer o direito de crença nas diferentes formas de religiosidade.

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